Uma reunião ordinária da Câmara Municipal de Soure esteve hoje suspensa mais de uma hora, devido a problemas de ordem legal com a substituição de um vereador da oposição que faltou.
O início da reunião quinzenal do executivo liderado por Mário Jorge Nunes, do PS, estava marcado para as 10h30, mas já passava das 11h30 quando começaram oficialmente os trabalhos, com a participação de apenas seis dos sete eleitos.
Mário Jorge Nunes aceitou a justificação da falta do vereador José António Mendes, do PSD, que detém três dos sete mandatos da Câmara de Soure, no distrito de Coimbra.
Através de Sónia Vidal, que encabeçou a candidatura social-democrata nas últimas eleições autárquicas, o PSD pretendeu que o seu vereador ausente fosse substituído por João Santana, que integrou a lista do partido como suplente.
Para dar tempo de colmatar a falta dos procedimentos exigidos por lei, com os restantes membros da lista do PSD a requererem, sucessivamente, a sua substituição, o presidente chegou a admitir o adiamento da reunião para terça-feira.
Mário Jorge Nunes insistiu na necessidade de cada um desses candidatos não eleitos ser convocado “em tempo útil” e, na impossibilidade de ocupar o lugar do elemento anterior da lista, formalizar o pedido da sua substituição pelo seguinte, o que não aconteceu.
“O senhor presidente está a colocar numerosos entraves que não entendo”, protestou Sónia Vidal.
Mário Jorge Nunes alegou que, face à legislação aplicável ao caso, não poderia “aceitar tudo e mais alguma coisa”.
A reunião acabou por ser realizada, sem sobressaltos, com João Santana na sala sem direito a participar, tendo terminado cerca de 30 minutos depois.
Entretanto, por unanimidade e por proposta do presidente, a autarquia de Soure, membro do Movimento Municípios Pela Paz desde 2014, aprovou uma moção de “total solidariedade” com a Ucrânia em que “repudia quaisquer atos que coloquem em causa os direitos humanos e que atentem contra a dignidade humana”.
“Desta forma, [a Câmara Municipal] condena a invasão do território da Ucrânia e os ataques promovidos pela Rússia”, manifestando ainda solidariedade “para com os cidadãos de origem ucraniana que residam em Soure, em Portugal e em todo o mundo”.
“Serão todos bem-vindos a Soure”, conclui o executivo.
LUSA
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