O presidente do município de Coimbra disse que pretende transformar a Estação Nova da CP, na cidade, num grande centro de desenvolvimento, após a sua desativação no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
“Coimbra vai ter a oportunidade de fazer daquele espaço um grande centro de desenvolvimento, por exemplo uma incubadora de empresas e um grande espaço de lazer, cultura e restauração, com fruição direta do rio Mondego, atraindo pessoas para a Baixa, não apenas num movimento de passagem, mas de vivência e usufruto de toda a zona”, frisou José Manuel Silva, numa intervenção no início da sessão de Câmara.
Após a reunião, o autarca disse aos jornalistas que “está tudo em aberto” para aquele espaço e salientou que o processo do SMM é “irreversível e não pode ser parado”.
O SMM consiste na implementação de um ‘metrobus’, utilizando veículos elétricos a bateria, que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo.
Segundo José Manuel Silva, “a IP teve a gentileza de oferecer o edifício da Estação Nova à cidade, que fará dele o que entender”.
“Para já, não temos nenhuma ideia preconcebida e estamos abertos a toda a discussão pública que se possa gerar e a todas as propostas”, disse o autarca.
No entanto, o edifício, inaugurado em 1931, classificado como de interesse público, “terá uma missão adequada à sua arquitetura e história, mas gostaríamos que fosse parcialmente utilizado para usufruir e beneficiar da proximidade ao rio Mondego e que atraia pessoas àquela zona”.
O autarca desmentiu “repetidas referências” a alegados interesses imobiliários da IP entre a Estação Nova e o açude-ponte, no atual canal ferroviário de ligação à Estação Velha, que vai ser desmantelado com a entrada em funcionamento do SMM.
“Há apenas um terreno da IP com capacidade construtiva e, também referente a este terreno, a IP tem tido uma postura irrepreensível no diálogo com a Câmara de Coimbra”, sublinhou.
O presidente da autarquia disse que a empresa pública “aguarda as decisões da Câmara relativamente ao que pretende para aquele espaço, antes sequer de apresentar um Pedido de Informação Prévio (PIP)”.
“Não pretende usar toda a capacidade construtiva prevista no PDM, disponibilizando-se para proporcionar à cidade um conjunto edificado de grande qualidade estética e funcional, devidamente integrado na frente urbana ribeirinha e, por isso, está a desenvolver todo o procedimento em consenso com a Câmara”, acrescentou.
LUSA
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