O enólogo Gonçalo Moura da Costa é o novo presidente da direcção da Vinisicó – Associação de Vitivinicultores das Terras de Sicó, tendo encabeçado a única lista candidata ao sufrágio realizado na passada terça-feira (18), na sede em Alfafar, no concelho de Penela.
Gonçalo Moura da Costa, que sucede a Luís Reis, é agrónomo e enólogo, natural da Pampilhosa (Mealhada) e residente actualmente no concelho de Condeixa.
O novo dirigente trabalha na região há 16 anos, sendo um dos grandes impulsionadores e dinamizadores da região e dos seus vinhos.
É consultor da Vinisicó, enólogo residente da Fundação ADFP e da maior parte dos produtores certificados ‘Terras de Sicó’.
“A decisão de abraçar este desafio está relacionado com um sentimento de pertença e de gratidão pela região que me acolheu e que escolhi para trabalhar e residir. É altura de forma mais activa contribuir para uma maior elevação da associação e da região de vinhos”, afirma o novo líder da Vinisicó, destacando o contributo que tem dado para o reconhecimento internacional da região, expresso na meia centena de medalhas alcançadas pelos vinhos em diversos concursos.
Gonçalo Moura da Costa é acompanhado por Alice Luxo (vice-presidente), Marta Ramos (secretário), Francisco Alves (tesoureiro), e Alberto Almeida, Luís Silva e João Vitorino (vogais).
A mesa da assembleia geral é presidida por Diana Ventura e integra ainda Rui Ramos e Ricardio Reis, enquanto João Rodrigues lidera o conselho fiscal, acompanhado por Rui Simões e Manuel Alegre.
A Vinisicó – Associação de Vitivinicultores das Terras de Sicó foi criada em Outubro de 1992.
Uma década de Luís Reis
Com a entrada dos novos dirigentes, Luís Reis deixa a liderança da associação, ao fim de uma década, com o sentimento de “dever cumprido”.
“Acho que fizemos um bom trabalho. Tentámos pôr os vinhos Terras de Sicó no patamar onde deveriam estar. Não conseguimos atingir tudo aquilo que pretendíamos, mas entendo que fizemos um bom trabalho”, defende o anterior presidente da Vinisicó, regozijando-se
Para Luís Reis, “hoje já se fala dos vinhos Terras de Sicó, as pessoas apreciam e já começam a pedir, pelo que acho que estamos no bom caminho”.
No entanto, o também produtor admite que é necessário aumentar mais a produção de vinho e o número de produtores, permitindo mais escala. “Um dos nossos grandes problemas é a escala. Temos vindo a melhorar e os próprios produtores estão a aperceber-se de que a certificação acaba por valorizar o produto”, regista.
Luís Reis entende que a eventual criação da DOC [Denominação de Origem Controlada] Terras de Sicó “vinha dar outra projecção, era importante e estamos a lutar para o conseguir”. É um dos projectos que está encaminhado e esperamos atingir esse objectivo. As perspectivas são boas, mas não depende apenas de nós”.
“Há uma margem de crescimento muito grande para os vinhos Terras de Sicó, mas precisamos que não só os produtores, mas também os outros players, como os restaurantes, a hotelaria e os políticos ajudem na promoção, divulgação e no consumo deste produto, porque tudo está nas mãos de todos e não só nas nossas mãos”, preconiza Luís Reis.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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