Para fomentar a natalidade e atrair jovens para o território, a Junta do Espinhal está desde o passado dia 1 a oferecer aos casais um vale [voucher] de compras de 250 € por cada filho nascido na freguesia.

Segundo a autarquia, a medida avança tendo em conta a diminuição da natalidade nos territórios do Interior, “uma problemática muito séria e preocupante para a sociedade portuguesa em geral”; o envelhecimento e o decréscimo populacional, que “têm dado origem a consequências negativas para o desenvolvimento social e económico local”; a falta de “medidas concretas de âmbito nacional que invertam ou atenuem” aquela situação; “a relevância que o poder local assume na proximidade às populações, nomeadamente na melhoria das suas condições de vida e combate a situação de carência, através de políticas de acção social”; bem como “a necessidade apoiar a família, através da educação das crianças e jovens”.

“O nosso objectivo é com este apoio procurar atrair jovens, que se fixem na freguesia e contribuam para o aumento da população”, refere ao TERRAS DE SICÓ o presidente da junta, Luís Dias, salientando que a ideia já era para ter avançado no mandato anterior, mas apenas agora foi possível concretizá-la.

Para beneficiar desta medida de incentivo à natalidade, o regulamento estipula que os progenitores, casados ou em união de facto, possuam residência permanente no território daquela freguesia e que a criança esteja registada como natural do Espinhal.

O apoio é válido para crianças nascidas a partir de 1 de Janeiro de 2022.

A utilização do vale de compras só é possível no comércio local da freguesia e durante um período de meio ano após a entrega.

“É uma forma de também ajudar a dinamizar o nosso comércio, apoiando igualmente as famílias”, frisa o autarca, dando o supermercado ou a farmácia como exemplos de locais onde é possível utilizar o voucher.

A candidatura ao incentivo deve ser realizada presencialmente na sede da junta de freguesia e no prazo máximo de 12 meses após o nascimento da criança.

“Não estipulámos uma verba como limite máximo para afectar a esta medida de apoio, é quanto mais melhor, porque é bom sinal. No final do ano faremos um balanço e avaliaremos a sua continuidade e valores financeiros envolvidos”, adianta Luís Dias, admitindo que a natalidade na freguesia “está fraca”.

O executivo liderado por Luís Dias está a iniciar um novo mandato e no orçamento aprovado para o corrente ano outro dos propósitos é lotear um terreno adquirido pela junta e nele iniciar os projectos para a construção de cinco moradias, que depois entrariam no mercado imobiliário fomentando assim a vinda de novos habitantes para a freguesia.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]