Dotada de uma gama de produtos da fileira agroalimentar no retalho nacional, a Frijobel Global, empresa do Grupo Frijobel, sediada em Penela, tem agora à disposição de todos a nova marca que assume a designação SUDD.
No portfólio desta nova linha, é possível encontrar produtos endógenos como: vinhos, queijo do Rabaçal, azeite, compotas e conservas gourmet. Naturalmente, o nome da marca não foi escolhido ao acaso. SUDD, bastante sugestivo, pretende enaltecer os produtos do Sul da Europa, da cultura, gastronomia e natureza mediterrânica.
Foi no decorrer de uma viagem internacional que o director-executivo da empresa, Paulo Júlio, admite ter surgido a ideia para iniciar este novo projecto. “Estávamos ali, naturalmente, para promover os produtos de pescado e marisco da Frijobel SA, e fomos interpelados por um cliente sobre os produtos agrícolas portugueses, nomeadamente os vinhos. Em conversa surgiu essa interpelação e daí falámos sobre Portugal e sobre o potencial desta tipologia de produtos ligados à terra que o país tinha”, refere. Este foi o ponto de partida para implementar aquela que viria a ser a criação de uma marca própria e com um conceito o “mais inovador possível”.
No entanto, o grande foco foi proporcionar algo diferenciador ao mercado, capaz de ser referenciado pelo seu carácter arrojado. A marca apresenta, por exemplo, as conservas e compotas gourmet, tendo a compota de abóbora e nozes, e a de maçã e vinho do porto como modelo, procurando assim distinguir-se entre as já tradicionais existentes. Mas é sobretudo no conceito da marca, no que diz respeito ao sector vinícola, que está a grande diferenciação. “Não tem nenhuma marca de vinhos em Portugal que dê o mesmo nome a um vinho de várias regiões e a marca SUDD dá. O que distingue depois cada uma das regiões é o grafismo do rótulo”, afirma o director-geral, realçando que a marca SUDD trabalha com diferentes zonas vinícolas [Dão, Bairrada, Douro e Alentejo] e que o que as diferencia é a ilustração de um animal ou pássaro que caracteriza cada região.
Para além destas particularidades, Paulo Júlio admite que a marca possui uma outra estratégia colateral que passa por promover o que de melhor se faz em Portugal. “Ela [SUDD] foi pensada também muito a olhar ou para ser olhada pelos turistas, pelos estrangeiros que nos visitam, sempre numa lógica de promoção do país”, diz.
A posição no mercado
A SUDD, desde o início, procurou implementar-se no mercado nacional, no qual tem vindo a ganhar o seu espaço. No entanto, também tem lançado cartas ao mercado internacional, exportando já para países como a Suíça, França, Estados Unidos e Holanda. “Trabalhamos especificamente para uma estratégia comercial nacional e trabalhamos ao mesmo tempo olhando para o potencial de exportação, agarrando as oportunidades”, afirma Paulo Júlio.
Contudo, “estamos a crescer dos dois lados [nacional e internacional]. No ano passado a Frijobel Global exportou cerca de 35% do volume de negócio que fez, que é pequenino ainda, mas queremos continuar a crescer na parte da exportação e temos feito esse trabalho”, realçou, não esquecendo que “é um trabalho que exige mais tempo”.
No entanto admite que o mercado internacional por vezes não é fácil, pois procuram “parceiros que compram regularmente e que confiem no seu fornecedor”, e sendo marcas que não são tão conhecidas torna o processo mais lento e árduo. “Queremos vender as nossas marcas e é mais fácil vender uma marca conhecida, mas sabemos que esse caminho, por mais um ou outro obstáculo que tenha, vai ser percorrido, porque aí o que conta é a visão de negócio, a nossa capacidade e resistência às vicissitudes que [o negócio] sempre tem”, enfatiza Paulo Júlio.
Sendo a Frijobel a empresa na área de pescado e marisco ultracongelados que mais clientes tem em Portugal, permite ter um estatuto de segurança e conhecimento para com o cliente que acaba por servir de pilar para as marcas geradas pela empresa.
“As pessoas já confiam em nós numa determinada família de produtos, neste caso peixe e marisco ultracongelados, e confiam em nós há mais de três dezenas de anos, sobretudo aqui na Região Centro. Hoje estamos espalhados por todo o país, confiam naquilo que é a nossa capacidade de fazer, na qualidade dos produtos que queremos sempre colocar no mercado, por isso confiarão em nós para vinhos, azeite, compotas, conservas e outros artigos que estão noutras marcas da Frijobel Global”, disse.
Efeitos da pandemia
A pandemia causada pela covid-19 afectou muitas empresas alimentares em que o principal foco de venda era o mercado horeca (hotéis, restaurantes, cafés, entre outros). Tendo a Frijobel este canal como principal segmento(??) de mercado foi notório os efeitos causados pelo vírus. “O primeiro trimestre, deste ano, foi provavelmente dos piores trimestres de vendas que tivemos nos últimos cinco anos. Mas estávamos a contar que assim fosse”, refere o gestor.
Contudo, e apesar das dificuldades sentidas, a empresa procura trabalhar arduamente de forma a contornar os efeitos da pandemia. “Estes sete meses serão com certeza muito bons, até porque nunca deixámos de investir nas pessoas, nas equipas comerciais. Todas essas equipas têm agora mais vendedores do que tinham antes, um sinal de aposta e de visão sobre a estratégia que a empresa tem de seguir”, refere.
Localização central
Situada em Penela, Paulo Júlio refere que “em nada prejudica” o desenvolvimento e progresso da empresa, mas reconhece que por vezes encontra algumas dificuldades, principalmente no que toca ao factor demográfico. “Se houver necessidade de recrutar, de um mês para o outro 20 pessoas, temos consciência de que é muito mais difícil do que se estivéssemos noutra região do país”, no entanto aceita que essa é uma dificuldade inerente a um território com estas características, mas que possui uma localização geográfica central e com boas acessibilidades.
Marca galardoada com duas medalhas
A Frijobel Global participou, pela primeira vez, no concurso de Vinhos de Portugal 2021, que decorreu de 17 a 21 de Maio, e arrecadou duas medalhas: Grande Ouro no SUDD Tinto Reserva Bairrada 2015 e Prata no SUDD Tinto Reserva Douro 2015.
“Estes prémios vêm confirmar a qualidade dos vinhos da marca SUDD, o que vai permitir o aumento da sua notoriedade e reconhecimento. Ter um vinho galardoado com a medalha Grande Ouro é uma satisfação enorme para todos nós que pretendemos afirmar um novo conceito de marca na área dos vinhos”, salientou a administração da empresa.
CRISTIANA DIAS
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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