A Villa Romana do Rabaçal já é monumento nacional, o que deixa as “Terras de Sicó” mais rica e mais preparada para desenvolver um plano estratégico de valorização do património e de valorização do território. A cidade romana de Conimbriga é a porta de entrada de um território que realmente tem um património histórico, arqueológico e natural que podem e devem ser mais valorizados pelas entidades públicas e mais aproveitados pelas empresas que actuam e poderão actuar na cadeia de valor do turismo. Não falta identidade, mas tem faltado entrosamento e capacidade de execução para promover uma paisagem natural fantástica e um património Romano ímpar em Portugal, que a Região tem de valorizar e os municípios têm de saber promover, em conjunto, com visão intermunicipal.
Essa visão intermunicipal passa por promover o território em conjunto, atraindo novos públicos, novos turistas que visitam a Região e que podem passar mais tempo por cá, acrescentando riqueza, potenciando emprego e valorizando a história de Terras por onde os antepassados construíram cidades, palácios romanos, castelos medievais, territórios com recantos encantadores como as Buracas do Casmilo ou os vários vales que os montes da Serra nos permitem contemplar. Essa também foi a natureza que deu uma erva que, por sua vez, dá identidade a um dos queijos mais conhecidos de Portugal. A marca Sicó tem esta base que nos foi legada e que a natureza nos brindou. Falta “construir” de uma vez, a rede de aldeias que está planeada e que pode ser uma alavanca para mais pequenos negócios florescerem e, dessa forma, fixar mais jovens a estes municípios cujo principal problema é a baixa densidade demográfica. É que este território tem também a sorte de ter várias empresas “âncora” que empregam centenas de pessoas, em vários sectores, e que sentem, já hoje, a falta de gente para trabalhar. Sobretudo em áreas operacionais nas indústrias existentes. A marca Sicó deveria ter uma identidade e uma estratégia específica de comunicação que deveria ser trabalhada em conjunto e, em cada município ou, até mesmo, na Região de Turismo do Centro.
Para quem não é de cá, para quem vem de fora, quando está a tomar decisões sobre onde ir e o que visitar, se houvesse uma estratégia integrada de comunicação do território, sob a marca Sicó, porventura todos ganhariam, o território fica mais valorizado, o imobiliário mais atractivo e, por consequência, gerar-se-ia um ciclo virtuoso de fixação de pessoas e criação de riqueza. Isto tudo a meio caminho entre Coimbra, o mar e Tomar, que é, por sua vez, uma porta para uma das regiões com mais monumentalidade de Portugal.
Vale a pena que quem tem responsabilidades, reserve tempo para reflectir sobre isto, discutir isto e agir, o mais rapidamente possível. Neste caso, o tempo é mais do que dinheiro, o tempo pode significar mais vida e maior ligação com o território de Sicó.
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