A oitava edição do ciclo “Sons da Cidade” propõe viagens diversas ao património classificado de Coimbra, com um programa cultural que decorre de 18 a 26 de Junho e no dia 7 de Julho.
“Viaje às origens da cidade, à génese da sua história no contexto nacional e europeu. Venha connosco ao Museu Nacional Machado de Castro, onde a cidade romana ainda respira”, convida a organização, que reúne a Associação RUAS – Recriar a Universidade, Alta e Sofia, a Universidade de Coimbra (UC), a Câmara Municipal e a Direcção Regional de Cultura do Centro.
O vice-reitor da UC para a Cultura, Delfim Leão, disse à agência Lusa que “este programa propõe viagens às origens do património classificado”, na Alta e na Baixa, bem como “ao imaginário ligado a esses espaços e a um património que não é tangível”.
“Pretende-se um diálogo maior com a cidade, sentir o pulsar da própria vida da cidade e dos seus espaços”, acrescentou Delfim Leão, que é também vogal da direcção da Associação RUAS.
O programa inclui concertos, sessões de cinema, conferências, passeios e visitas guiadas, entre outras realizações.
Com apoio de várias instituições, o programa “Sons da Cidade” celebra a inscrição, em 2013, do conjunto histórico-cultural Universidade de Coimbra, Alta e Sofia na lista do Património Mundial, por decisão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A partir de sexta-feira, residentes e turistas são desafiados “a uma espécie de mergulhar na cidade”, conhecendo de diferentes formas “um património todo ele habitado e com uma vida que pulsa todos os dias”, salientou Delfim Leão.
“Percorra toda a antiga cerca do Mosteiro de Santa Cruz, grande polo difusor e criador de cultura, embrião dos Estudos Gerais em Portugal. Conheça o antigo Colégio das Artes, na sua origem introdutor dos ideais humanistas que grassavam por toda a Europa”, recomendam os organizadores.
O presidente da Associação RUAS e vice-reitor da UC para o Património, Alfredo Dias, realçou à Lusa que a iniciativa “tem um simbolismo muito grande”, pois, apesar das “condicionantes do momento” associadas à pandemia da covid-19, assinala “um certo retomar e uma redescoberta do património”, com os eventos a apostarem na “combinação entre investigação histórica e realidade virtual”.
O ciclo começa na sexta-feira, às 15h00, com uma visita à Igreja de Santa Cruz guiada por Maria de Lurdes Craveiro, directora do Museu Machado de Castro, para um máximo de 10 participantes.
Para sábado, às 10h00, está anunciada nova visita, intitulada “De retiro a jardins públicos”, incluindo um percurso pedestre pela antiga Quinta do Mosteiro de Santa Cruz.
A oitava edição de “Sons da Cidade” coincide com a celebração dos 890 anos da fundação do Mosteiro de Santa Cruz e “convida à deambulação por Coimbra, para redescobrir a cidade e o seu património” edificado, natural, literário e musical.
O programa foi apresentado ontem, no Laboratório Chimico da Universidade, numa sessão em que, além de Delfim Leão e Alfredo Dias, intervieram parceiros e a vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra, Carina Gomes.
LUSA
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