Quem dissesse há um par de anos atrás, que um dos vinhos da marca SUDD seria um dos 35 vinhos medalhados com a distinção Grande Ouro, pela Viniportugal, colocando-o no nível dos melhores vinhos portugueses de 2021, não iria ser levado a sério. Mas, realmente, na semana passada, isso aconteceu mesmo. Na realidade, além deste prémio que o SUDD Reserva Bairrada tinto arrecadou, o SUDD Reserva Douro tinto também foi distinguido com uma medalha de prata. Começo assim, para falar de resiliência e homenagear todos os que tiveram ou ainda têm a sua actividade condicionada pela pandemia.
Há muita gente sobretudo ligada a pequenas empresas que merece, muito, o respeito de todos, porque muitos deles perderam, neste último ano, o que ganharam nos últimos tempos.
A vida nas empresas em Portugal é particularmente difícil. A necessidade de polivalência cruzada com a necessidade de ganhar alguma escala de negócios, misturada com a quase imposição de se apresentarem produtos ou serviços diferenciadores, enquadra um quotidiano intenso, onde o espírito resiliente não é uma opção de gestão, é mesmo algo imprescindível.
Quando se tem uma pequena empresa em territórios com poucas pessoas, as dificuldades aumentam ainda mais porque é preciso procurar mercados mais longe, com mais despesa de logística e mais custos de contexto.
Voltando aos prémios nacionais de dois dos vinhos SUDD, uma marca nova apresentada em 2018, a satisfação é imensa e, por essa razão, queremos partilhá-la com todos os que trabalham ou são proprietários de pequenos comércios de proximidade, de restaurantes, de hotéis ou de empresas de catering que, durante este último ano, ainda tiveram que juntar a angústia ao seu quotidiano já por si tão exigente.
A Frijobel Global detentora da marca SUDD é também uma pequena empresa enquadrada num universo com massa crítica, é certo, mas que também teve de resistir, à espera dos melhores momentos que, com certeza, virão. Nessas organizações, trabalhou-se mais do que nunca, enfrentando problemas novos causados por uma pandemia cujas consequências eram pouco previsíveis, como bem testemunhamos.
Para muitas pessoas, quando parecia que tudo estava a correr bem, quando tinham investido poupanças e lucros, quando os negócios aumentavam, de repente, tudo parou. As cidades e os países, literalmente, pararam e ficaram com os serviços mínimos. As pessoas ficaram em casa e, de repente, muita coisa que parecia importante, já não era mais, e até o tempo disponível ganhou um novo conceito e dimensão.
Foi e ainda está a ser difícil para muitos, mas se seguirmos com responsabilidade, considerando que a vacinação avança em bom ritmo, poderemos dizer que o pior passou e, finalmente, agora, é o tempo de recuperar.
Nesse processo de recuperação, todos terão responsabilidade enquanto cidadãos porque o País precisa mesmo do empenho e da responsabilidade de cada um, em contraponto com o espertismo saloio que sempre, aqui e ali, vai pululando. Esperemos que os bons exemplos sirvam para inibir os que possam pensar de forma diferente.
Portugal tem mesmo de chegar ao tempo da consciência de que “o desenrasque de nos safarmos” não nos leva a lado nenhum, a começar por quem tem responsabilidade de nos governar e a terminar em cada cidadão. Em cada um de nós.
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