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Câmara Municipal de Soure quer antigos armazéns da Quimigal

9 de Maio 2021

A Câmara Municipal de Soure quer adquirir os antigos armazéns da Quimigal, em estado de degradação, para reabilitar e ali instalar uma incubadora de empresas, confirmou ao TERRAS DE SICÓ o presidente da autarquia, Mário Jorge Nunes, adiantando que a edilidade “já exerceu o direito legal de preferência sobre este complexo de interesse patrimonial”, depois de alertada para a venda iminente.

O processo pode, no entanto, não ser pacífico e terminar num diferendo a ser resolvido pela via judicial. Ao que apurámos, uma empresa da área da comercialização de inertes também pretende o espaço, tendo dado passos significativos no sentido da aquisição.

O complexo, datado da década de 1940 e que foi desactivado em 2010, tem uma localização privilegiada junto à estação da CP de Soure, sendo servido pela Linha do Norte. Com uma área próxima dos 35.000 metros quadrados, os antigos armazéns, agora em evidente degradação, foram um importante entreposto de comercialização de adubos para a actividade agrícola da zona centro do país. Em simultâneo, ocorria também a extracção de óleo de bagaço de azeitona, actividade que lhe terá dado início.

Os vários edifícios tinham várias utilidades, desde os armazéns de adubo e de bagaço de azeitona, casa para a extracção de óleo de bagaço, escritórios, refeitórios e até casas de habitação para os funcionários.

Ao longo das décadas, o complexo foi detido pela Companha União Fabril (CUF), e sucessivamente pelos grupos empresariais que lhe sucederam, a Quimigal, a ADP – Adubos de Portugal e a ADP Fertilizantes, que pretende transaccionar o conjunto de imóveis.

Mário Jorge Nunes assegura que a Câmara de Soure “está disponível para pagar os 380.000 euros em que está avaliado o negócio”.

A intenção da autarquia é que o amplo espaço, depois de reabilitado, possa vir a acolher uma incubadora de empresas dedicadas a actividades nas áreas da tecnologia, ambiente e cultura.

“Com esta compra, o município também pretende evitar que o destino a dar ao espaço pelo outro comprador interessado seja uma actividade empresarial que perturbe a qualidade de vida e o bem-estar das populações envolventes, nomeadamente Camparca, Casalinhos e Bairro da Estação”, frisa o presidente da autarquia.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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