O percurso Polis em Leiria reabre na segunda-feira, após as obras da primeira fase de requalificação numa extensão de quase dois quilómetros e um investimento do Município de 850 mil euros, anunciou hoje a autarquia.
Numa nota de imprensa, a Câmara de Leiria informa que as obras, que decorreram entre a sede da Juventude Desportiva do Lis, em São Romão, e o Jardim da Vala Real, numa extensão de 1.870 metros, tiveram como objectivo “criar melhores condições para a fruição deste percurso, seja para caminhadas e atletismo ou ciclismo”.
Desta forma, estão sinalizadas faixas específicas para cada modalidade, o que torna também o “percurso mais seguro, confortável e inclusivo”.
Com capacidade para ser utilizado por todos os cidadãos e em todas as alturas do ano, a autarquia refere que foi ainda introduzida uma melhoria em termos de mobiliário urbano e iluminação.
“Além da criação de uma via para peões e duas faixas para ciclistas em grande parte do troço, os trabalhos incluíram a construção de uma ponte em madeira [sobre o rio Lis] junto à Ponte dos Caniços, bem como a limpeza dos taludes existentes, a remoção da vegetação e de materiais soltos e de terra vegetal”, lê-se no comunicado.
O Município de Leiria, liderado por Gonçalo Lopes (PS), apela para que sejam seguidas algumas recomendações de segurança, nomeadamente a circulação na faixa adequada, a utilização das zonas de descanso em momentos de paragem, os cuidados nos passeios em grupo, entre outras, que podem ser consultadas na página da autarquia.
A requalificação do restante troço, cerca de 3.500 metros de um total de 5,4 quilómetros, encontra-se em fase de projecto, não existindo ainda data prevista para o início da empreitada.
O piso betuminoso que foi colocado no percurso Polis de Leiria foi contestado no início de Março pelos vereadores do PSD na reunião de Câmara de Leiria (PS), que garantiu que a escolha dos materiais cumpre todas as regras ambientais.
A reabilitação do percurso Polis iniciou-se há um ano, mas a colocação do pavimento em “betão betuminoso, colorido, composto por betume sintético, com solventes de hidrocarbonetos e resinas aditivadas sofisticadas” avançou na passada semana.
“Naquele percurso paralelo à linha de água do rio Lis não pode ser colocado aquele tipo de pavimento, como se de uma via normal se tratasse”, afirmou o vereador do PSD, Álvaro Madureira, ao considerar que o piso “não é bom em termos ambientais, nem para uso de desporto”.
“Sugerimos que se faça a reavaliação do percurso”, acrescentou Álvaro Madureira, ao criticar ainda a convivência de bicicletas e peões no mesmo espaço, apesar de o percurso estar delimitado com cores.
O vereador das Obras Públicas, Ricardo Santos (PS), lembrou que o percurso “sempre foi utilizado por peões e por ciclistas”.
“Esta intervenção permitiu ainda alargar a via de circulação para 4,5 metros, ficando os peões com um espaço de largura de 2 a 2,5 metros. A intervenção dá prioridade à circulação pedonal”, frisou o autarca.
Ricardo Santos informou ainda que “sempre se previu este piso, que foi a concurso público e sujeito à avaliação das várias entidades”, com parecer positivo.
LUSA
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