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Covid-19: Penela teme consequências económicas por estagnar no desconfinamento

16 de Abril 2021

O presidente da Câmara de Penela disse hoje que compreende as medidas que impedem o concelho de avançar para a próxima fase de desconfinamento, mas alertou para as consequências económicas.

Em declarações à agência Lusa, Luís Matias salientou que, em territórios de baixa densidade como Penela, “bastam sete casos para ultrapassar o índice de 120 por 100 mil habitantes”, que impede a passagem à terceira fase de desconfinamento.

“Devia haver um cuidado especial para territórios de baixa densidade e talvez outros critérios, uma vez que poucos casos activos, com baixo risco de contaminação na comunidade, projectam estes concelhos para lá do limite estipulado”, frisou.

Segundo Luís Matias, “basta algumas contaminações” em seio familiar para condicionar a actividade municipal.

O presidente do município de Penela considera que os eventos familiares da quadra pascal contribuíram para o aumento de casos no concelho.

O autarca considera que a restauração, sobretudo, e o comércio são os sectores mais penalizados no concelho pelas medidas anunciadas na quinta-feira pelo Governo, que impedem os municípios com uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes de avançarem na segunda-feira para a terceira fase do desconfinamento.

Durante a semana, acrescentou Luís Matias, o município realizou centenas de testes na comunidade escolar, restauração e comércio, que deram negativo.

Sem avançar e sem retroceder no plano de desconfinamento, os concelhos de Penela, Alandroal, Albufeira, Beja, Carregal do Sal, Figueira da Foz e Marinha Grande mantêm-se na segunda fase, que se encontra em vigor desde 5 de Abril, porque registam uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Apesar de estarem impedidos de avançar para a terceira fase, estes 11 concelhos de maior risco vão seguir o plano previsto relativamente à reabertura das escolas e também voltam ao ensino presencial os alunos do ensino secundário e do ensino superior – como no resto do continente português -, porque as “medidas relativas ao sistema educativo serão sempre medidas de âmbito nacional”.

A próxima avaliação do plano de desconfinamento será feita daqui a 15 dias e a expectativa do Governo é a de que os concelhos de maior risco possam estar numa situação diferente, com uma redução da taxa de incidência, que permita avançar para a próxima fase.

Por registarem, pela segunda avaliação quinzenal consecutiva, uma taxa de incidência de casos de covid-19 acima de 240 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, os concelhos de Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior recuam para a fase anterior do plano de desconfinamento, ou seja, regressam à primeira fase, que foi implementada a partir de 15 de março.

LUSA


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