O município de Cantanhede vai disponibilizar 600 armadilhas de captura da vespa asiática a apicultores do concelho, no âmbito da estratégica de combate a esta espécie invasora, foi hoje anunciado.
Para que seja feito um controlo de ninhos existentes, e de modo a prevenir a criação e o desenvolvimento de novos ninhos, o município de Cantanhede “vai disponibilizar cerca de 600 armadilhas a apicultores” do concelho, através das respectivas juntas e uniões de freguesias, informa a autarquia, numa nota hoje divulgada.
Para beneficiarem das armadilhas contra a vespa velutina, também identificada por vespa asiática, os apicultores devem estar inscritos na Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e apresentar explorações apícolas activas no concelho.
Os apicultores interessados ficam, de forma “voluntária e responsável, encarregues pela instalação, manutenção, substituição do atractivo e posterior recolha, evitando o seu abandono, originando impacto negativo no equilíbrio dos ecossistemas”, refere a Câmara de Cantanhede.
A iniciativa insere-se no estudo que a Protecção Civil Municipal tem vindo a desenvolver e que tem por objectivo “avaliar a relação entre a colocação de armadilhas para captura das vespas fundadoras e o aparecimento de novos ninhos”.
Desde que a praga foi detectada no concelho, em 2015, foram detectados e destruídos 1074 ninhos, 436 no último ano.
“Este número reflecte um crescimento de 12,5% relativamente ao ano anterior, o que se explica em grande medida pelo efeito das campanhas de sensibilização desencadeadas para mobilizar os munícipes a reportarem rapidamente aos serviços camarários os vespeiros que surjam no território e também pela capacidade de resposta das equipas que procedem à sua destruição”, sublinha a Câmara.
A identificação de ninhos de vespa asiática deve ser comunicado ao serviço Municipal de Protecção Civil de Cantanhede através do número 231 423 818 ou através dos endereços geral@cm-cantanhede.pt e protecao.civil@cm-cantanhede.pt.
A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma acção destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.
Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.
LUSA
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