Soure assinalou os 893 anos da doação do seu Castelo, por D. Teresa, aos Templários, numa comemoração simbólica realizada ontem e promovida pela Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém (OPCTJ), Câmara e Comenda Templária de Soure.

No hastear da bandeira do Município e da Ordem Templária, no Castelo de Soure, estiveram presentes elementos simbolicamente vestidos à época, o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes, o Grande Comendador da OPCTJ, Nascimento Costa e o Comendador da Comenda de Soure, Ângelo Penacho.

Recorde-se que em 19 de Março de 1128, D. Teresa entregou o castelo de Soure à Ordem dos Templários.

A localização do castelo, numa zona meridional do Condado Portucalense, foi estratégica no apoio à reconquista cristã. D. Teresa terá doado aos Templários todas as terras que estiveram sobre o domínio muçulmano desde Coimbra até Leiria. Um ano depois (a 13 de Março de 1129), D. Afonso Henriques confirmou essa doação e afirma-se no texto de doação como Irmão da Ordem: “(…) esta doação faço, não por mando, ou persuasão de alguém, (…) e porque em a vossa Irmandade sou Irmão (…). Eu o Infante D. Afonso com a minha própria mão roboro esta carta”.

Para o presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes, “os sourenses devem conhecer e sentir orgulho no importante passado desta vila. Sete séculos como Terras da Ordem, primeiro dos Templários depois de Cristo. Estes nossos antepassados contribuíram para a formação do nosso país e deixaram-nos muito do que somos e do que possuímos”.

Em 2016, decorreu o primeiro grande evento sobre o tema e nos últimos anos Soure tem comemorado esta data histórica.

A câmara sourense, que já integra a Associação de Turismo Militar Português, “está a preparar candidaturas que potenciam Soure como destino turístico para os apreciadores do tema templário”, refere a autarquia.

A iniciativa realizada ontem decorreu com um número limitado de participantes e no cumprimento das normas de seguranças prevista para o actual estado pandémico.