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Site visitepenela.pt pretende agregar todos os agentes turísticos locais

28 de Março 2021

A Câmara de Penela irá lançar em Abril a plataforma visitepenela.pt. Aquele que é um dos municípios mais antigos do país, tendo recebido o seu foral em Julho de 1137 pelas mãos de D. Afonso Henriques, decidiu promover o seu produto turístico, procurando estruturá-lo de forma inovadora ao agregar no mesmo espaço alojamento, restauração e agentes de animação turística.

“Tentámos fazê-lo o ano passado, mas estas coisas são complexas e não foi possível. Quando achamos que devíamos voltar a pegar nisto, que foi em Dezembro, voltamos a ficar fechados e com a chegada do novo ano veio também um novo confinamento. Só agora é que conseguimos reunir-nos com todos os parceiros, alongando o número de reuniões para conseguirmos chegar a todos”, contou ao TERRAS DE SICÓ, Mário Duarte, chefe da Divisão de Cultura da autarquia penelense.

O objectivo é “criar diferentes programas e produtos turísticos, integrando sugestões de visitação e um conjunto de serviços que podem ser prestados pelos diferentes parceiros que fazem parte deste turismo” que contará com a participação de oito alojamentos turísticos, 27 alojamentos locais, 16 agentes de animação turística, 20 restaurantes, 10 percursos pedestres, cinco percursos BTT, 42 elementos do património cultural, 15 produtores endógenos e 12 elementos do património natural, que serão combinados em 24 packs turísticos. Estes 24 pacotes turísticos serão divididos em três categorias: low cost, medium e premium.

“No turismo, as pessoas não vêm pelas camas, para isso ficavam em casa. As pessoas vêm pelas actividades, pela oferta de entretenimento. Então para cativar os turistas e fazer com que estes fiquem mais tempo, estamos a criar estes packs, que ficarão disponíveis no nosso marketplace, onde se compra o alojamento, as refeições e a animação. A animação que é muito variada. Podem ser experiências como espeleologia, cozer pão, visitar o moinho, visitar o museu, uma visita guiada pela serra onde podem ver veados, saber mais sobre geomorfologia ou fazer arborismo. Nós oferecemos uma série de coisas que estão disponíveis para serem escolhidas e assim constituir os packs. As quantidades e a tipologia das actividades fica ao critério de cada um”, esclareceu Mário Duarte.

Como forma de agradecimento aos turistas que comprem os pacotes disponibilizados no site, o município oferece uma amostra de um produto confeccionado localmente que pode ser queijo, mel, vinho, entre outros.

No entanto, o desenvolvimento do visitepenela.pt implicou uma logística significativa por parte de todas as entidades envolvidas no processo criativo e construtivo.

“Começámos por criar um grupo de trabalho. Fizemos as reuniões necessárias, o inventário, as visitas e as apresentações. Definimos o modelo de negócio e estamos neste momento a definir o sistema de pagamento porque há sempre uma destas entidades que tem de assumir o papel de chefe de fila, ou seja, o que recebe o valor total do pack e que depois fica responsável por pagar aos restantes elementos. Os nossos packs são muito variados, pois disponibilizamos packs familiares, culturais, de natureza e ateliers”, referiu.

A plataforma online, que assumirá também o papel de Marketplace, onde estão estruturados os produtos turísticos, será lançado em português para posteriormente se tornar bilingue.

“O visitepenela.pt será bilingue no futuro, mas face as contingências actuais do turismo decidimos lançá-lo somente em português. Actualmente estamos a desenhar os produtos turísticos e a fazer a assessoria para a activação e comercialização dos produtos que lá estão. Existem duas formas de estar no site, serem chefes de fila e integrarem os packs; e a outra é não serem chefes de fila e isto funcionar como um site turístico, onde não integram os packs, mas têm ali um sítio onde podem divulgar o seu produto”, referiu o chefe da Divisão de Cultura.

Contudo, as dificuldades de construir um projecto desta envergadura vão surgindo e dando sinal de que o cumprimento de prazos pode ser a principal dificuldade. “Tínhamos que ter todos os aderentes inscritos na plataforma de pagamento até ao dia 15 de Março e ter esta parte burocrática tratada até ao final do mês, mas precisamos ainda criar a imagem para o cabaz de produtos locais e falta-nos criar a imagem do site, embora o layout já exista. O mês de Abril está pensado para melhorar tudo o que já temos. Os primeiros 15 dias estão definidos para a criação de todas estas coisas, para começarmos a inserir conteúdos e começar a testar o que já temos e a última quinzena está reservada para os testes finais do funcionamento do site, onde teremos de testar o escolher, a reserva e o pagamento do produto”, acrescentou, assumindo que “se não houver divulgação do site, será um grande ‘buraco’, vamos ter que recorrer aos meios de comunicação nacionais e locais e estamos a contar fazê-lo de 15 a 30 de Abril mas para isso precisamos ter certeza de que estaremos prontos a 30, quando neste momento já estamos com uma semana de atraso relativamente aos prazos pré-estabelecidos”.

Neste momento o projecto intervém apenas com as estruturas turísticas no concelho, porém não é descartada a possibilidade de ser formada uma aliança com os restantes municípios das Terras de Sicó na promoção do turismo da região.

RUTE AZEVEDO SANTOS

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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