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Leiria: Serviço de Vigilância Ambiental regista 49 ocorrências num mês

16 de Março 2021

O Serviço Municipal de Vigilância Ambiental de Leiria, em funcionamento há um mês, registou 49 ocorrências, 13 das quais comunicadas pela população e 26 detectadas no decorrer de acções de vigilância, foi hoje anunciado.

Numa informação enviada à agência Lusa, a Câmara de Leiria adianta que, desde 15 de Fevereiro, “foi detectada a origem de uma descarga directa de efluentes para o solo, com implicações indirectas na linha de água”, e que “foi prontamente encaminhada e articulada com o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR”.

“Foram reportadas e identificadas situações de deposição indevida de resíduos, deposição indevida de óleos lubrificantes usados junto a oleões para óleos alimentares, deposição indevida de outras substâncias perigosas, deposição de resíduos de construção e demolição, descargas de efluentes domésticos, industriais e de origem não identificada, pragas e viaturas abandonadas”, refere a mesma informação.

O município acrescenta que “da totalidade das ocorrências, 53% foram já tratadas e resolvidas pelo município, 20% estão em processo de resolução e 23% encontram-se em análise, na sua maioria por se tratar de situações cuja resolução carece de diligências e trâmites legais de maior morosidade”.

A vereadora com o pelouro do Ambiente, Ana Esperança, salientou que “a criação desta equipa multidisciplinar constitui mais um passo dado a bem do ambiente do concelho de Leiria, uma vez que permite ter, no terreno, um maior foco sobre as questões de más práticas, com a mais-valia de se poder agir com maior celeridade”.

Para Ana Esperança, “o balanço do primeiro mês é muito positivo e já se sente uma maior sensibilização das pessoas para as questões ambientais”, assinalando que a equipa deste serviço, para já composta por sete pessoas, “está muito empenhada”.

A criação deste serviço foi anunciada em 5 de Janeiro pelo presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, na sequência de o ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, ter admitido que não será construída uma estação de tratamento de efluentes suinícolas em Leiria, por falta de compromisso com os empresários do sector.

Então, Gonçalo Lopes esclareceu que o Serviço Municipal de Vigilância Ambiental teria como objectivo “implementar um sistema de vigilância, de dissuasão e detecção de crimes ambientais”.

“Nestes serviços esperamos a colaboração da população, das juntas de freguesia, dos agentes económicos para sinalizarem e alertarem para situações em que é necessária a intervenção deste serviço”, apelou o autarca, assegurando que este serviço “não tem características de polícia, nem pretende substituir-se às entidades de fiscalização e policiais”.

O serviço visa contribuir para a redução do número de crimes ambientais nas mais diversas áreas, causados por negligência ou causa intencional, e a redução do tempo de intervenção, assim como desenvolver acções de sensibilização e envolvimento da população na melhoria da qualidade ambiental do concelho de Leiria.

LUSA


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