Como prever o futuro não é uma das melhores qualidades do ser humano, não se sabe quando acabará o flagelo da Covid-19 e quais as suas verdadeiras consequências a nível sanitário e económico.
A nível da saúde, ninguém teria previsto, de certo, o dilema com que o Sistema Nacional de Saúde e todos aqueles que aí prestam serviço (médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, administrativos e tantos outros) se deparam diariamente e para a resposta difícil tanto a nível material como humano devido ao aumento diário de pessoas infectadas e de mortes, apesar de já se aplicar a vacina (do latim vacca).
A nível económico verifica-se o aumento do desemprego, a queda da riqueza (7,6% em Portugal no ano de 2020) e o aumento da pobreza, o que prova que as sociedades actuais não estavam preparadas para lidar com uma crise desta envergadura.
Crise que seria bem mais acentuada se não houvesse, na maioria dos países, sistemas de saúde e de segurança social bem organizados.
Que outras consequências não haveria se os referidos sistemas funcionassem ao sabor do mercado?
Todos sabemos a resposta, onde já há indícios de não entendimento com a distribuição das vacinas pelas farmacêuticas.
Mas, pensamos nós, que além das consequências sanitárias e económicas já sentidas, há uma questão que se coloca constantemente. Como vai o nosso país sair da crise económica, após o fim da pandemia?
O melhor a fazer é, por um lado, olhar para todos aqueles casos de sucesso em que se conseguiu encontrar ótimas experiências no auge da crise, assim como olhar para países que, de alguma forma, já mitigaram os efeitos da pandemia e avançaram na retoma económica.
Assim, é importante para o Estado português retirar desses países algumas lições, apreender como seguir em frente, permitindo aceder a diferentes mecanismos que respondam às novas necessidades e anseios após a pandemia.
Por outro lado, na nossa opinião, o Estado português também não deve deixar de orientar a economia no sentido do crescimento e do desenvolvimento, devendo, para isso, trabalhar com o sector privado no sentido de Tornar os mercados de trabalho menos inseguros; ter na agenda uma justa redistribuição dos rendimentos; investir na construção e/ou recuperação de escolas e hospitais; apoiar organizações sustentáveis que criem postos de trabalho; apoiar entidades que produzam bens transaccionáveis; investir com entidades privadas no domínio da ciência e da tecnologia, com relevo para a inteligência artificial; investir na ferrovia e nos transportes públicos; incentivar a formação profissional competente; apoiar a investigação para prevenir doenças pandémicas.
As instituições públicas e privadas devem, por isso, ser proactivas porque o hoje já foi ontem.
Utilize-se a “bazuca” financeira da União Europeia já e agora. Amanhã pode ser tarde, mesmo muito tarde, porque, também, os juros podem subir.
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