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Coimbra: Nova directora do Museu Machado de Castro quer aproximação à ciência

2 de Março 2021

A nova directora do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, a historiadora Lurdes Craveiro, afirmou hoje que quer promover uma aproximação às estruturas científicas e trabalhar colecções que estão “a gritar por outra projecção”.

Lurdes Craveiro, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e doutorada em História da Arte na mesma instituição, disse à agência Lusa que um dos objectivos para o seu mandato passa por garantir “uma maior aproximação às estruturas científicas, nomeadamente à Universidade de Coimbra, mas não apenas”, procurando a articulação com centros de investigação nacionais e estrangeiros.

“Faz todo o sentido essa aproximação à Universidade [de Coimbra], trazendo ao museu os investigadores que gravitam em torno da Universidade, implementando projectos conjuntos e candidaturas a financiamentos”, defendeu Lurdes Craveiro.

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) anunciou na quinta-feira os primeiros resultados dos concursos internacionais para cargos de direcção em museus e monumentos nacionais, com algumas mudanças nas lideranças, nomeadamente no Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), onde Ana Alcoforado, que estava na direcção desde 2008, irá ser substituída por Lurdes Craveiro, a partir de 1 de Abril.

Lurdes Craveiro destacou a “capacidade de projecção” do museu a nível “nacional e internacional por via do acervo que tem à sua guarda”, considerando que, neste momento, o MNMC é sobretudo conhecido “pela sua colecção de escultura e até é nesse contexto que tem sido mais projectado e conhecido”.

“É uma colecção tremenda que vai da Idade Média até aos finais do século XVI, mas há outras dimensões [do museu] que têm de vir ao de cima e que têm de ser divulgadas como elas merecem – desde logo o chamado ‘Tesouro da Rainha Santa Isabel’, que é outro momento forte, e há outros núcleos que estão a gritar por uma outra projecção”, notou.

A nova directora do museu, situado a escassos 200 metros da faculdade onde é docente, realçou também a importância de uma articulação “mais directa com os anseios e necessidades da cidade”, para além de querer estimular um diálogo do acervo do MNMC com outros do país e do estrangeiro, assim como com a criação artística.

“A criação artística não tem nem limites nem tempos cronológicos. O acervo do Museu Nacional Machado de Castro tem uma importância que decorre da nossa apreciação contemporânea. Faz sentido esse diálogo”, frisou.

No quadro do novo regime, os directores passam a ser recrutados através de concursos públicos, entre candidatos com vínculo ou sem vínculo à administração pública, em Portugal ou no estrangeiro, para comissões de serviço de três anos, com uma limitação máxima de renovação de dez anos.

Até agora, o regime era de três anos, sem limite de renovação, com selecção feita através da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública.

LUSA


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