O Município de Cantanhede contesta a exploração de depósitos minerais de caulino, na zona da Loureira, nas imediações dos Olhos da Fervença, afirma a Câmara numa nota divulgada.
O projecto, de acordo com a Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), oferece “garantias e condições mínimas de viabilidade”, mas o município de Cantanhede quer “impedir” o seu avanço, tal como está previsto.
A autarquia, que teve teve conhecimento do projecto na fase de consulta pública, considera que ele “põe seriamente em risco espaços naturais e turísticos” existentes em Loureira, entre Olhos da Fervença e São Caetano.
A nascente de Olhos da Fervença está destinada a abastecer de água o município de Cantanhede e os concelhos vizinhos, por isso, é “extremamente perigoso” localizar a exploração a menos de “500 metros da Zona de Protecção Intermédia e a menos de 1.000 metros da Zona de Protecção Imediata”, alerta a Câmara daquela cidade do distrito de Coimbra.
Acresce que, “além do impacto nos recursos hídricos subterrâneos, a prospecção e pesquisa prevista abrangeria parcialmente a bacia hidrográfica da Vala da Veia e da Ribeira da Corujeira, para onde conflui uma das mais importantes redes de cursos de água do concelho”, e “arruinaria o património natural e cultural existente”, sustenta.
O município está preocupado por o projecto “não respeitar o afastamento mínimo de 500 metros a solo urbanizado, solo urbanizável aglomerados rurais, áreas de edificação dispersa e nascentes”, afirma.
Esse “distanciamento reduzido”, sublinha, leva à “perturbação da qualidade de vida da população”.
O processo de licenciamento da extracção de minerais, na zona da Loureira, vai ser submetido a apreciação das assembleias de freguesia de Cadima, de São Caetano e da Sanguinheira, bem como da Assembleia Municipal, para que emitam os respectivos pareceres.
LUSA
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