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Soure: Presidente da Câmara Municipal garante que não foi vacinado contra a covid-19

1 de Fevereiro 2021

O presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes, garante que não foi vacinado contra a covid-19 e aponta a denúncia anónima, que o coloca com o “rótulo de suspeito” de ter recebido a vacina indevidamente, como “mais um ataque falso, cobarde e anónimo, como tem sido os últimos quatro anos da pequena política sourense”.

Em causa está uma reportagem emitida no programa Sexta às 9, da RTP, que levantava dúvidas sobre se também teria sido vacinado, embora não pertencendo aos grupos prioritários.

Ao programa, o autarca respondeu com um “não confirmo nem desminto”, que justifica com a “bateria de questões pessoais de todo o tipo, desde a curiosidade com a minha idade, até à minha condição médica, e mais uma vez embrulhado num mar de suposições que para além de mim, envolviam outras pessoas que me estão próximas”, o que o deixou “muito perturbado”.

“Foi perante esta avaliação que decidi em relação ao facto concreto de ter sido vacinado ou não, responder: não confirmo nem desminto”, explicou, hoje, numa conferência de Imprensa convocada para “clarificar” a situação.

“Não, não fui vacinado”, afirmou de forma peremptória Mário Jorge Nunes, sublinhando que não o foi, “porque não tinha de o ser”.

Mais. “Os momentos de vacinação que tivemos no concelho de Soure destinaram-se a utentes, profissionais e colaboradores de ERPI’s/Lares, de IPSS´s e privados”, salientou, assegurando que não foi consultado sobre as respectivas listas de vacinação, “nem tinha de o ser” e “como presidente de Câmara apenas disponibilizei os meios logísticos que foram solicitados”.

O autarca socialista revelou ainda que “no último dia de vacinação fui confrontado com a existência de três sobras e questionado pela equipa, se tinha alguém para indicar, contactei o comandante dos Bombeiros de Soure, dizendo que para serem vacinados três bombeiros deviam apresentar-se no lar privado de Porto Coelheiro em poucos minutos”.

“Num momento em que vivemos um dos maiores reptos à nossa resiliência colectiva, comigo não contam para actos que não visam outra coisa senão diminuir a confiança dos cidadãos nas instituições, e que no meu caso é um ataque pessoal e à Câmara que dirijo”, acusou, assegurando “a todos os sourenses” que se manterá na “linha da frente” do combate à crise pandémica e não “na fila para ser vacinado e muito menos ainda a tirar vantagens de pequena política para objectivos e cargos eleitorais”. “A minha agenda é a de vencer esta pandemia, não é a de vencer eleições em Outubro. Serei vacinado, quando as prioridades da DGS o ditarem, indicarem o meu nome, e se eu assim o entender”, reforça.

Mário Jorge Nunes, que disponibilizou aos jornalistas uma declaração pessoal a autorizar a consulta dos seus dados clínicos e a “conferir a que vacinas tenho sido sujeito”, refere que “haverá um momento próprio para revelar os denunciantes” das várias acusações anónimas que sobre si têm recaído nos últimos anos e entende que “os protagonistas estão a dar de si e a cair no engodo”.

 

PSD pediu clarificação

O PSD de Soure havia “exigido”, em comunicado, que o autarca clarificasse publicamente a situação em torno da eventual administração da vacina, considerando que “a falta de concisão e assertividade quando entrevistado pela RTP foi um embaraço para o nosso concelho”.

Na nota social-democrata, assinada pela presidente da Concelhia, Sónia Vidal, é “reiterada a urgência e necessidade de investigar todos os casos suspeitos de adulterar o critério de prioritários na vacinação contra a covid-19”.


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