Marta Santos vai deixar em breve a liderança da Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense (SFRBV), de Vila Nova de Anços, invocando “motivos pessoais” para a saída.
A dirigente, que termina o segundo mandato como presidente da direcção daquela instituição, aguarda apenas que a situação epidemiológica permita a marcação de eleições, entretanto adiadas, para “fechar um ciclo”.
“A minha saída tem a ver com o estabelecer de prioridades e também com o nível de exigência que coloco em mim própria em todos os projectos em que me envolvo. Tenho em mãos um objectivo pessoal que me envolve em termos de tempo e disponibilidade, e assim dificilmente me iria dedicar em pleno ao cargo, como até aqui”, justifica Marta Santos ao TERRAS DE SICÓ.
Um novo fardamento para os músicos e aquisição de novos instrumentos eram propósitos da equipa dirigente que cessa funções e esses “foram cumpridos”.
No entanto, o último mandato fica marcado pelos constrangimentos provocado pela pandemia, que estão a criar dificuldades também à banda de Vila Nova de Anços.
“Tal como em todos os sectores lúdicos e culturais, este ano foi muito atípico. Realizámos quatro serviços, a situação impossibilitou cumprir contratos e, acima de tudo, alterou as actividades previstas que permitiriam algum encaixe financeiro para a colectividade”, salienta Marta Santos, destacando que “a ajuda da Câmara Municipal de Soure, da Junta de Freguesia de Vila Nova de Anços e dos sócios” tem sido fundamental neste período complicado.
“Enalteço também a atitude filantrópica dos músicos, que abdicaram da remuneração dos serviços efectuados a favor da Filarmónica. O meu bem-haja para eles e para todos os que me acompanharam nesta jornada. Saio com grande gratidão às pessoas com quem trabalhei, os músicos, os membros da direcção e restantes órgãos sociais”, enumera a dirigente.
Com os ensaios da banda suspensos, as escolas de música da SFRBV mantêm-se em funcionamento com aulas online para os mais de 40 alunos.
Há um ano, com a filarmónica num “bom momento”, o confinamento obrigou a parar tudo, inclusive o programa de aniversário agendado para o segundo fim-de-semana de Março em que todos fomos ‘enviados’ para casa.
Um ano volvido, a pandemia ainda continua por cá e com a direcção em “gestão corrente”, à espera de eleições, nada está previsto para assinalar o 143.º aniversário da SFRBV, fundada a 10 de Março de 1878. Melhores dias… e anos virão.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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