A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra decidiu lançar um concurso para elaborar o estudo de viabilidade de uma variante à estrada nacional 17 (EN17), ligando Lousã e Vila Nova de Poiares a Coimbra, foi anunciado.
“Esta decisão visa a contratação da equipa projectista que irá desenvolver o estudo que, em articulação com os municípios que integram a CIM da Região de Coimbra, avalie as condições de materialização e o investimento associado de uma via que possa constituir uma variante à EN17 [também conhecida por estrada da Beira], a sul do IP3, que garanta as condições de acessibilidade aos concelhos do interior”, afirma aquela associação de municípios em comunicado.
O conselho intermunicipal da CIM aprovou esta decisão, por unanimidade, na sua última reunião, no dia 28 de Janeiro, indicando que o valor base do concurso público é de 200 mil euros, mais IVA.
“Serão estudadas alternativas de traçado e respectivas condicionantes que permitam efectuar uma nova ligação entre o nó de Ceira da A13 e a Ponte Velha (Lousã), incluindo também a ligação de Vila Nova de Poiares ao IP3 e IC6”, adianta.
A CIM da Região de Coimbra, presidida pelo autarca de Oliveira do Hospital José Carlos Alexandrino, realça que a abertura dessa variante “tem sido uma reivindicação de longa data daqueles concelhos”.
Para José Carlos Alexandrino, citado na nota, “trata-se de um projecto absolutamente estruturante e prioritário para o desenvolvimento e coesão da região” e que deverá estar “em condições de concorrer aos financiamentos comunitários desta década”.
“Os trabalhos incluirão a realização dos estudos rodoviário, de tráfego, geológico e geotécnico, hidrológico, preliminar de obras de arte, viabilidade ambiental, rentabilidade económica e cartografia, bem com a memória descritiva e justificativa, incluindo medições e estimativa de custos”, segundo o comunicado.
As peças deste procedimento, como o caderno de encargos e o programa de concurso onde estão definidas as condições técnicas dos trabalhos a executar, foram desenvolvidas com o apoio da Infraestruturas de Portugal (IP), que assumirá o acompanhamento técnico dos trabalhos.
“Esta cooperação surge na sequência do protocolo celebrado entre a CIM da Região de Coimbra e a IP, o qual prevê que a Infraestruturas de Portugal, para além do apoio técnico, suportará 50% do valor dos encargos com o estudo de viabilidade”, refere a CIM.
Os restantes 50% dos custos “serão repartidos de igual forma pelos 19 municípios que constituem a CIM da Região de Coimbra, sendo o prazo de execução de 270 dias após a celebração do contracto”.
A construção de uma variante à EN17, a sul do IP3, unindo Coimbra à zona de Foz de Arouce, arredores da Lousã, incluindo a construção de um nó na Ponte Velha, começou por ser defendida há vários anos pelo activista Pedro Curvelo, antigo líder do PSD da Lousã, em diversas intervenções públicas sobre acessibilidades rodoviárias e ferroviárias no interior do distrito.
Nos últimos anos, esta reivindicação tornou-se consensual na região, nela convergindo diversas forças políticas e autarquias, designadamente os municípios de Vila Nova de Poiares, Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra e Penela.
LUSA
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