A iniciativa de inovação social “Saúde em Casa”, da Fundação Dr. José Lourenço Júnior, conta já com 6 meses de implementação no terreno no âmbito do Programa Parcerias para o Impacto, que conta com o Município de Pombal como parceiro social.

“Apesar do contexto tão adverso como o que nos encontramos devido à pandemia, são já abrangidos cerca de 19 seniores, da freguesia de Abiul aos quais é feita uma avaliação preliminar gratuita de forma a perceber as potenciais necessidades de cada um”, explicou a Fundação em comunicado.

Atendendo que em tempos de pandemia esta é uma população de risco pelas comorbilidades típicas da idade, o apoio de uma equipa que intervém no domicílio contribui “para o seu máximo bem-estar e segurança, pois a abordagem é muito focada na prevenção e no encaminhamento para as entidades competentes, sempre que necessário”.

De acordo com Jéssica Pereira, assistente social e coordenadora da iniciativa, “os principais benefícios que os utentes retiram da iniciativa prendem-se com o apoio na gestão da terapêutica, a monitorização regular dos sinais vitais, a promoção do envelhecimento saudável com autonomia, a diminuição do isolamento social, o combate ao sedentarismo (comunicação, participação social, sentimento de segurança e de pertença)”.

A equipa promove também “a avaliação do ambiente construído nomeadamente na identificação de barreiras arquitectónicas que, em tantos casos, levam a quedas no domicílio”.

“Por parte dos seniores, a receptividade tem sido muito positiva, dado que ao longo das intervenções semanais vão-se criando laços de confiança e vão sendo valorizados os contributos das intervenções. Na sua maioria, salientam que é sempre uma companhia, uma forma de se manterem activos reduzindo o isolamento”, refere ainda a coordenadora.

A equipa multidisciplinar afecta à intervenção é composta pela assistente social, uma terapeuta ocupacional, enfermeira e auxiliar de saúde, que têm visto “o seu trabalho ser reconhecido tanto pelos seniores como pelos seus familiares”.

Jéssica Pereira acrescentou que “alguns constrangimentos com os quais se depara a equipa no seu dia-a-dia, como a de atrair mais utentes para o “Saúde em Casa”, pelas restrições nos contactos, a resistência à modificação de rotinas e hábitos e à sobrecarga no SNS que dificulta o encaminhamento atempado de situações necessárias”.

Estes serviços estão disponíveis a toda a comunidade com idade superior a 65 anos.