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BELMIRO MOITA/JOÃO VIAIS

Da Varíola à Covid-19: Um salto de gigante

26 de Fevereiro 2021

Não se tendo uma bola de cristal, com o sentido de se conseguir prever o dia de amanhã, contudo, hoje, até pelas diferentes experiências pandémicas do passado, podemos dizer que estamos melhor preparados para enfrentar uma qualquer pandemia.

É verdade que o covid-19 é um vírus que está a infectar todo o nosso planeta, o que tem contribuído para a morte de milhões de pessoas e cujo fim ainda não se vislumbra.

Felizmente que esta pandemia ainda está longe do número de mortes de outras pandemias históricas como, por exemplo, a peste negra (50 milhões de mortos), a gripe espanhola (50 milhões de mortos) e a varíola (8 milhões de mortos).

Das referidas pandemias, vamos reter uma das mais conhecidas e mortíferas como o vírus da varíola, cujo contágio era quase sempre sinonimo de morte. E mesmo os sobreviventes passavam a ostentar a marca da doença: as cicatrizes, sobretudo no rosto, resultantes do rebentar das feridas com pus. Felizmente que não há marcas exteriores do vírus covid-19.

Mas, também, hoje já não se fala negativamente no vírus da varíola porque em 1796 foi descoberta uma vacina por um cientista britânico chamado Edward Jenner.

No entanto, só em 1980 a Organização Mundial de Saúde anunciou oficialmente a erradicação da varíola. Ou seja, o efeito da vacina concluiu-se somente ao fim de quase duzentos anos, porque, infelizmente, as autoridades mundiais só após a segunda guerra mundial levaram a cabo grandes campanhas de vacinação. Sendo, o último caso oficialmente conhecido de varíola detectado em Outubro de 1977, na Somália.

Felizmente, no que respeita ao Covid-19, os cientistas descobriram no espaço de um ano vacinas para eliminar o vírus e que já estão a ser utilizadas.

Se tudo correr pelo melhor, apesar de algumas falhas iniciais, temos, com certeza, a erradicação a curto prazo do vírus Covid-19, o que implicará um número de mortes muito superior às grandes pandemias do passado. Contudo, também podemos dizer que todos aqueles que faleceram desta terrível pandemia já foram demais.

É evidente que para o Terceiro Mundo há sempre um “mas”.

Vivemos tempos difíceis. é verdade. Mas, tal como anteriormente, são tempos para recordar, de forma a deles se poder retirar todo um conjunto de ensinamentos.

E perante o que existe, não olvidando todo um conjunto de regras sanitárias na arena cívica e ao envolvimento cívico onde crianças e jovens de hoje, esta geração futura, vivem, deve prestar-se uma atenção redobrada e apoiada de forma a retirar do presente um ensinamento civilizacional que lhes permita retomar a sã convivência, dar aquele abraço, que todos precisamos.

Uma palavra de agradecimento a todas e a todos aqueles que se encontram a trabalhar na chamada linha da frente. Aos médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos, auxiliares, socorristas, bombeiros, e muitos outros. O nosso agradecimento.

Nesse sentido, e neste momento, o nosso dever é, no mínimo, ficar o máximo de tempo em casa.

Acredite-se na ciência e haja solidariedade e bom senso.


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