O executivo municipal de Soure aprovou, por unanimidade, uma moção “pelo funcionamento contínuo dos estabelecimentos comerciais de cabeleireiros, gabinetes de estética e CAE’s similares durante o período pandémico”, na sequência de um abaixo-assinado nesse sentido realizado naquele concelho e dirigido ao primeiro-ministro António Costa, mas entregue na Câmara sourense.
Os cabeleireiros e estabelecimentos similares estão fechados desde meados do mês de Janeiro, no âmbito das novas medidas então decididas pelo Governo para travar a explosão de casos de covid-19.
Os subscritores do documento lembram que após a saída do primeiro confinamento, em 2020, “os espaços de cuidados pessoais, cabeleireiros, estética e similares, tomaram todas as devidas precauções para a sua segurança bem como a dos clientes”, nomeadamente, a desinfecção dos espaços, esterilização dos equipamentos de trabalho, ajustamento do horário laboral, redução do número de clientes em simultâneo e o uso de equipamentos de protecção.
Em defesa da rápida reabertura dos estabelecimentos, argumentam que “não existe até ao momento provas que os espaços de cuidados pessoais contribuam para a propagação da covid-19”. “Provas existem que com estas medidas vemos o nosso negócio a ter maiores despesas e menor facturação”, assinalam no texto do abaixo-assinado.
Assim, apelam à “abertura o mais célere possível a fim de salvar dezenas de empresas e postos de trabalho” e a apoios “rápidos ou normas de apoio para que possamos pagar as nossas contas de forma a salvar as empresas”.
Face a esta tomada de posição, o presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes, propôs ao executivo que o Município se associasse a estes profissionais, “pela abertura controlada e programada” das suas actividades, aprovasse uma moção pelo seu funcionamento contínuo e que a mesma fosse enviada ao primeiro-ministro e aos ministros da Economia e da Saúde “para os efeitos que julgarem convenientes”.
Ao TERRAS DE SICÓ, o autarca sublinhou que a edilidade “acolhe a preocupação dos cabeleireiros, esteticistas e similares, que após o primeiro confinamento criaram todas as condições de segurança sanitária para o exercício da actividade”. De resto, na moção, aprovada na passada segunda-feira (8), é realçado o “esforço de adaptação e resposta dada pelos profissionais de cabeleireiro, gabinetes de estética e CAE’s similares com enfoque nas medidas de higienização e limpeza”.
“O facto de ser uma actividade comercial que funciona ou pode funcionar por marcação prévia, sem aglomerações ou momentos de procura desprogramada”, que são actividades “realizadas principalmente por microempresários que têm nesta actividade a sua única fonte de rendimento”, e ainda que “a actividade regulada e mais facilmente acompanhada e fiscalizada” desincentiva o surgimento da actividade clandestina e paralela são outros argumentos referenciados na moção.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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