A Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster) quer aprofundar as acções de promoção do queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) do Centro, para o valorizar economicamente e sensibilizar os consumidores para as suas especificidades.
“Quando falamos de queijos com DOP da região Centro, falamos de três queijos altamente distintivos: Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal. São queijos que se destacam pela sua autenticidade e que fazem parte do nosso património e identidade, com uma íntima ligação ao território e ao saber fazer das suas gentes”, refere, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, Cláudia Domingues, presidente da Inovcluster.
A responsável sublinha ainda que o leite utilizado nestes queijos “é exclusivamente produzido nas respectivas áreas geográficas delimitadas”.
A InovCluster realizou um ‘webinar” no âmbito do Programa de Valorização da Fileira dos Queijos com DOP da Região Centro, onde foram dados a conhecer os objectivos e o trabalho já desenvolvido neste projecto, além de apresentar e debater a estratégia de valorização económica destes queijos.
Cláudia Domingues explica que o objectivo da iniciativa foi o de “promover uma reflexão sobre o presente e futuro destes produtos com enorme potencial e importância para a economia dos territórios, nomeadamente, os rurais e de baixa densidade que vêem, na valorização de produtos autênticos e distintivos, uma oportunidade de afirmação”.
As primeiras conclusões sobre o Programa de Valorização da Fileira dos Queijos com DOP da região Centro “demonstram que há um enorme potencial a explorar e que o trabalho realizado no âmbito do programa já começa a surtir efeito no acesso ao mercado, mesmo em temos de pandemia”, adianta.
O programa permitiu também testar novas soluções que contribuem para o desenvolvimento da fileira, designadamente o Banco de Terras para Pastores e a Escola de Pastores que visam dar um incremento à produção de leite.
“Os queijos com DOP do Centro têm um grande potencial de dinamização dos territórios rurais e na fixação de pessoas”, sustenta.
A responsável da InovCluster realça que a mudança “passa pelo aprofundar e persistir no tempo com as acções de comunicação e promoção dos queijos com DOP do Centro”.
O objectivo é informar e sensibilizar os consumidores para especificidades que estão associadas a estes queijos, nomeadamente a origem, métodos de produção sustentáveis, valorização de recursos endógenos, alinhamento com a agenda política europeia de sustentabilidade ambiental e inclusão social, entre outros.
“O programa mostrou os benefícios da cooperação das três DOP, os quais podem ser alavancados se houver continuidade temporal com as acções de valorização”, conclui.
O Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, iniciado em 1 de Janeiro de 2019, envolve um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que 2,3 milhões correspondem a este programa, financiado em 85% pelo Centro 2020, e 428 mil euros dizem respeito à iniciativa Rota Turística e Gastronómica Queijos da Região Centro, financiada em 65% através do Valorizar.
Na globalidade, o projecto envolve um total de 14 entidades da região Centro, das quais quatro comunidades intermunicipais (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões), cinco associações do sector, dois institutos politécnicos (Castelo Branco e Viseu) e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior.
A iniciativa abrange a produção de queijos DOP da Serra da Estrela, da Beira Baixa e do Rabaçal.
LUSA
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