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Alvaiázere: CLDS 4G, o projecto das “somas” que quer combater a fragilidade social

28 de Fevereiro 2021

O projecto de Contrato Local de Desenvolvimento (CLDS) 4G de Alvaiázere, que encetou funções há 14 meses, centra a sua acção na “promoção da inclusão social de cidadãos que revelem maiores níveis de fragilidade social, especialmente crianças, idosos e população atingida por calamidades, mobilizando a acção integrada de diferentes agentes e recursos locais”.

Catarina Alves, coordenadora do projecto, refere três eixos de intervenção do projecto nos quais estão a ser desenvolvidas 11 actividades: intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil; promoção do envelhecimento activo e apoio à população idosa e auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afectados por calamidades e/ou capacitação e desenvolvimento comunitários.

“Todas as nossas actividades estão em fase de execução. Algumas dessas são as Oficinas Temáticas com sessões práticas em áreas como a cozinha, a bricolage e a costura, sendo que estas acções são dinamizadas em horário laboral e pós-laboral; o Gabinete de Apoio à Família, onde se faz atendimento e capacitação de famílias em vulnerabilidade e risco de exclusão social e o Formar de Pequenino, que inclui acções de sensibilização para crianças, promovendo-se a aquisição de comportamentos alimentares associados à realização de actividade física, todas elas inseridas no eixo 2. Já no eixo 3 destacamos o Clube Sénior Activo, que inclui actividades socioculturais destinadas aos idosos, entre as quais música, promoção cognitiva, informática e exercício físico e o Perto de Si, que dinamiza acções de sensibilização, promovendo a segurança dos idosos e evitando-se possíveis burlas e assaltos, sessões de partilha de experiências e memórias de vida contribuindo para a redução do isolamento social. Por fim, no eixo 4, integra-se o Gabinete Comunitário, onde se presta apoio técnico à população e na criação/revitalização de associações, sessões de esclarecimento junto das organizações de intervenção social e o Cuidar para Prevenir, através da dinamização de acções de sensibilização sobre boas práticas no âmbito da educação ambiental, valorização da floresta e prevenção de incêndios florestais”, explicou a coordenadora ao TERRAS DE SICÓ.

Ainda que todas as actividades se encontrem numa fase de execução, algumas decorrem “de forma menos periódica do que outras, tendo sido adaptadas em termos de operacionalização, assentando na realização de sessões online e no estabelecimento de contactos telefónicos, perante a impossibilidade de visitas ao domicílio”, sendo que nas que decorrem presencialmente existe limitação de participantes devido à questão pandémica, existindo ainda “algumas ‘subactividades’ de cariz pontual, cuja realização aguardamos uma fase em que seja possível a respectiva implementação como inicialmente previsto. Ainda assim, se não vierem a ser as condições necessárias para a sua realização, far-se-ão os necessários ajustes e adaptações, de acordo com os seus objectivos. Claro que o contacto físico e presencial é a melhor forma de abordagem da nossa população alvo, no entanto, no momento presente, a segurança de todos é a maior prioridade”.

Manter o contacto

Apesar das limitações impostas pela pandemia, essencialmente a nível de contacto físico, a equipa CLDS 4G tem procurado manter o contacto com a população alvaiazerense.

“Têm chegado até nós pedidos de idas à farmácia e supermercado por parte de pessoas que se encontram em isolamento ou que são consideradas de risco. Mantemos contacto com a nossa população sénior através de chamadas telefónicas com o intuito de lhes deixar uma palavra amiga e de combater a solidão que vivem, e continuamos a apoiar as famílias que já acompanhávamos antes da pandemia”, conta Catarina Alves.

Contudo, esta coordenadora sublinha a necessidade de se identificarem todos os casos existentes no concelho e o tipo de auxílio que este precisam, frisando a existência de “zonas particularmente isoladas e a distância entre vizinhos é considerável. A acrescentar a estas situações, muitos não têm acesso à internet ou não sabem mesmo mexer num telemóvel, e não falamos apenas dos idosos, mas também de uma franja da população adulta. Esta realidade, combinada com outros factores leva a que nem todos tenham conhecimento das ajudas disponíveis no concelho, o que leva a que nem sempre consigamos actuar numa fase inicial do problema”.

O fim deste projecto está previsto para 2022, mas a possibilidade de o prolongar ainda se encontra em “cima da mesa”. Existe, de antemão, a certeza e a vontade de continuar, pós-projecto, com “o Gabinete de Apoio à Família e o Gabinete Comunitário, dado que se tratam de espaços específicos em que os nossos beneficiários têm uma resposta e respectivo acompanhamento, independentemente do motivo pelo qual chegam até nós”.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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