Ao longo do atípico ano de 2020 foram constituídas perto de três centenas de empresas nos seis concelhos de Sicó, um ligeiro – mas aceitável perante as circunstâncias – recuo face a 2019. E as dissoluções até ficaram muito abaixo do registado no período homólogo.
Dados compilados pelo TERRAS DE SICÓ a partir de informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística mostram o nascimento de 290 empresas num ano fortemente marcado pela pandemia e respectivo confinamento, que compara com as 308 surgidas no ano de “boa saúde” de 2019. Uma diminuição homóloga de cerca de 6%.
Sem surpresa, Pombal foi o concelho com maior número de novas empresas (126), seguido de Condeixa (51), Ansião (47), Soure (32), Penela (20) e Alvaiázere (14).
A constituição de pessoas colectivas indicia ter decorrido ao ritmo da pandemia, das restrições e dos receios que foi impondo, com os meses de confinamento (e seguintes) a surgirem como os de menor actividade também neste capítulo. As cinco novas entidades de Abril têm contraponto na meia centena registada em Novembro. De resto, os meses de Novembro (50), Setembro (34), Janeiro (33) e Outubro (30) revelaram-se os mais empreendedores, contrastando com Abril (5), Maio (13), Julho (17), Agosto (17), Junho (20) e Março (22).
Os sectores da construção, comércio por grosso e retalho, oficinas, actividade imobiliária e consultoria são os que mais beneficiaram com novas firmas.
Dissoluções diminuíram
Se a constituição de pessoas colectivas registou um ligeiro recuo, muito maior foi a diminuição de dissoluções, talvez de forma surpreendente. Em 2020, o ano da crise, nas Terras de Sicó há registo de 85 situações, bem menos que as 127 de 2019. O mês de Janeiro, quando a ameaça pandémica era algo ainda longínquo, foi aquele em que se verificou um maior número (21), seguido de Fevereiro (13), Dezembro (10) e Novembro (9).
Por contraponto, as dissoluções foram mais restritas em Junho (1), Maio (2), Setembro (2) e Agosto (3).
Pombal foi também o concelho com mais encerramentos (39), secundado por Ansião (12), Condeixa (12), Penela (11), Soure (8) e Alvaiázere (3).
Os sectores com mais nascimentos foram também aqueles com mais “mortes” empresariais, a que se juntam o alojamento e restauração e os transportes.
Os apoios do Estado às empresas em plena crise e algumas limitações nos trâmites burocráticos motivadas pelo confinamento e pelas regras sanitárias pode ajudar a explicar esta significativa diminuição de fins de actividade, que os primeiros meses de 2021 confirmará ou não.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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