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Portugal Continental volta a confinar a partir de sexta-feira

13 de Janeiro 2021

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que Portugal vai “regressar ao dever de recolhimento domiciliário” tal como em Março e em Abril, alertando que este é simultaneamente o momento “mais perigoso, mas também um momento de maior esperança”.

“Não há cansaço que nos permita assumir esta dor colectiva de continuarmos a ter mais de uma centena de mortes por dia. Não é aceitável e temos de parar isto”, disse António Costa após o Conselho de Ministros de hoje.

Por isso, “a mensagem fundamental” é, segundo o primeiro-ministro, “regressar ao dever de recolhimento domiciliário”, tal como em Março e em Abril, quando foi possível travar com sucesso a primeira vaga.

Na perspectiva do primeiro-ministro, Portugal está a viver “um momento que é simultaneamente mais perigoso, mas também um momento de maior esperança”.

“Quando hoje vimos uma senhora de 111 anos, num Lar em Gouveia, a ser vacinada, isso acalenta-nos a esperança de saber que será possível vencer esta pandemia”, exemplificou.

No entanto, para Costa, quando hoje em Portugal morreram mais 156 pessoas por covid-19, na terça-feira mais 155, “um total de 535 pessoas que morreram vítimas da covid desde o passado domingo”, percebe-se que Portugal está “num momento mais perigoso”.

“Pior. O que torna este momento particularmente difícil é que a mesma esperança que a vacina nos dá de que podemos vencer a pandemia é a mesma esperança que alimenta o relaxamento que torna mais perigosa esta pandemia”, avisou.

Este é um dos aqueles momentos, apelou o chefe do executivo, em que mais uma vez é preciso mobilização “com sentido de comunidade”, sabendo que “o salvamento de cada um de nós depende do salvamento de todos nós”.

“Temos de novo, tal como fizemos no início desta pandemia, tal como tivemos de fazer em Junho, tal como tivemos que fazer em Outubro, de nos unir com o firme propósito de travar o crescimento da pandemia, esmagar esta curva, salvar vidas, proteger o SNS, apoiarmos os profissionais da saúde e tratar de nos ajudarmos uns aos outros a proteger a nossa saúde em conjunto”, explicou.

Costa pediu que as pessoas não se distraiam com as excepções e se fixem na regra.

“E a regra é simples: cada um de nós deve ficar em casa”, concluiu.

As novas medidas hoje tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, entram em vigor às 00:00 de sexta-feira.

“A partir das 00:00 de dia 15 de Janeiro [sexta-feira] volta a vigorar em Portugal o dever de recolhimento domiciliário”, adiantou António Costa.

As escolas vão manter-se abertas “em pleno funcionamento” como aconteceu até agora, anunciou o primeiro-ministro.

“Vamos manter a escola em funcionamento e esta é a única, nova e relevante excepção”, disse António Costa.

“Iremos manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos como tem estado a funcionar até agora”, acrescentou, sublinhando que nesta decisão foram ouvidos pais, encarregados de educação e directores escolares.

Segundo um documento distribuído durante o ‘briefing’ do chefe do Governo, a medida aplica-se a creches, escolas e universidades.

António Costa explicou que a medida se prende com “a necessidade de não voltar a sacrificar a actual geração de estudantes”.

LUSA


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