O Hospital de Cantanhede está a dar apoio a hospitais da região no internamento de doentes, disse à agência Lusa fonte da unidade de saúde.
“Foi criada de raiz uma nova ala de medicina interna inaugurada hoje que aumentou a capacidade total do hospital em 10%, tendo já começado a chegar doentes de outras unidades hospitalares”, salientou a presidente do conselho de administração Diana Breda, em nota enviada à agência Lusa.
Aquela estrutura tem mantido toda a sua actividade, incluindo cirurgias, e criou uma unidade de medicina interna com cinco camas para doentes agudos, que já hoje recebeu dois doentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Segundo Diana Breda, nesta conjuntura, “o termo tranquilidade não cabe em nenhuma unidade do país, mas, ainda assim, o Hospital de Cantanhede, movido pelo espírito de solidariedade e de funcionamento em rede que caracteriza o SNS, não podia assistir à pressão a que os hospitais de referência estão sujeitos sem nada fazer para ajudar”.
O Hospital de Cantanhede estabeleceu um protocolo de colaboração com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e hospitais de referência para tratamento da covid-19, “de forma a receber doentes agudos para aliviar a pressão nesses hospitais”.
Embora não seja uma unidade de referência para o tratamento dos doentes infectados com o novo coronavírus, aquela unidade hospitalar reservou um piso para doentes positivos, com uma equipa dedicada e circuitos específicos, depois de oito dos seus doentes e quatro profissionais terem testado positivo.
Segundo o Hospital de Cantanhede, os oito doentes infectados estão estáveis e o surto foi rapidamente contido.
Apesar dos quatro profissionais infectados, a actividade da unidade hospitalar tem decorrido normalmente, com o atendimento no Hospital de Dia, nas Consultas Externas, no acolhimento a doentes paliativos provenientes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e na realização de exames complementares de diagnóstico e cirurgias, “que não foi afectada”.
As taxas de ocupação em enfermaria e unidade de cuidados intensivos para doentes covid-19 na região Centro estão acima dos 90%, disse hoje à agência Lusa fonte da ARSC.
Segundo a mesma fonte, as enfermarias dos hospitais da região estão com uma taxa de ocupação de 93%, idêntica a segunda-feira, e as unidades de cuidados intensivos passaram de 89 para 91%.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA
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