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Covid-19: Centro Hospitalar de Leiria com sete camas disponíveis

7 de Janeiro 2021

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) revelou hoje que tem disponíveis sete das 120 camas para tratamento de doentes com covid-19, admitindo suspender a actividade cirúrgica e médica programada e não urgente, para libertar recursos humanos, camas e equipamentos.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa pelas 18h00 de hoje, o CHL informa que “tem, neste momento, 120 camas para tratamento de doentes covid-19”, sendo “90 em enfermaria, 20 nos cuidados intermédios e 10 nos cuidados intensivos”.

“Neste momento estão ocupadas 113 camas”, adianta o CHL, explicando que “está a adaptar a sua capacidade de internamento covid-19 e tomará as medidas que forem necessárias para acorrer a este aumento de doentes covid-19, designadamente, se for preciso, suspender actividade cirúrgica e médica programada e não urgente, de forma a libertar recursos humanos, camas e equipamentos”.

Na mesma resposta, o CHL pede aos utentes com sintomas da área respiratória para que, “antes de se dirigirem à urgência, contactem a Linha Saúde24 e dirijam-se à ADR-C [área dedicada às doenças respiratórias], que em Leiria funciona no estádio municipal”, de forma a “reduzir a crescente afluência aos serviços de urgência”.

“É muito importante travar o contágio, pelo que é fundamental os cidadãos ficarem em casa sempre que for possível e, se não for, cumprirem escrupulosamente as regras de distanciamento social, uso de máscara e etiqueta respiratória”, apela ainda o CHL.

O CHL integra os hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça.

Segundo o seu ‘site’, o CHL tem como “área de influência a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Nazaré, Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Ansião, Alvaiázere, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça e Soure, servindo uma população de cerca de 400.000 habitantes”.

Portugal regista hoje 10.027 novos casos de infecção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e 91 mortes relacionadas com a covid-19, segundo a Direcção-Geral da Saúde.

Também hoje, a ministra da Saúde alertou que Portugal enfrenta uma nova “fase de imensa pressão” no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que os próximos dias vão ser “muito duros”, devido ao crescimento de casos de covid-19.

“Estamos novamente numa fase de imensa pressão no SNS e estamos a procurar responder, mas precisamos da ajuda de todos”, afirmou a ministra, no início da vacinação na Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Misericórdia de Mora, Évora.

Marta Temido observou que os hospitais têm vivido, desde o início da pandemia, “momentos de grande pressão”, assinalando que todos os portugueses “têm de perceber que evitar a transmissão é uma forma de ajudar o SNS a responder, não só à covid, mas a outro tipo de doenças”.

LUSA


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