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Alvaiázere: Bolsa de Terras desperta interesse a jovens agricultores

30 de Janeiro 2021

A Associação de Desenvolvimento Integrado do Concelho de Alvaiázere (ADECA) celebra este mês o seu primeiro aniversário enquanto Gestor Operacional da Bolsa de Terras (GeOP).

O programa que consiste no “arrendamento, venda ou outros tipos de cedência” de terras com “aptidão agrícola, florestal e silvo-pastoril, podem pertencer ao domínio privado do Estado, das autarquias locais e de quaisquer outras entidades públicas ou pertencentes a privados”, e que tem sido gerido pela ADECA, pretende “brevemente e em segurança dar início à nossa campanha de angariação de terras de forma mais vincada, de modo a elevar este projecto”.

“Este primeiro ano de Bolsa de Terras foi um ano bastante intenso. O trabalho desenvolvido com este projecto foi essencialmente de levantamento das necessidades do concelho e da situação existente, ao nível da verificação de terrenos disponíveis. Com toda a situação pandémica o projecto acabou também ele por ser afectado e não evoluiu da forma esperada, no entanto, estamos a trabalhar para recuperar o tempo perdido e alcançar os nossos objectivos”, explicou Miguel Dias, responsável pelo programa, ao TERRAS DE SICÓ.

O programa, que tem como “objectivo facilitar o acesso à terra através da disponibilização das terras, quando as mesmas não sejam disponibilizadas”, não teve uma estreia como a esperada enquanto “um ano crucial para divulgar este projecto, angariar terras e poder disponibilizar as mesmas”, onde “o desenvolvimento de acções de divulgação acabaram por ficar condicionadas”.

Apesar do arranque não ter sido o desejado, o coordenador do Bolsa de Terras afirma que “o programa tem funcionado bem, verificamos interesse por parte de jovens agricultores, essencialmente, que procuram terrenos para instalação de produções agrícolas. Como sabemos, o concelho de Alvaiázere tem um elevado potencial para o desenvolvimento de projectos agrícolas e o nosso objectivo passa por conseguir apoiar e captar o maior número de projectos para o nosso território”.

O facto deste novo papel, assumido pela ADECA há um ano, ter tido uma campanha mais activa nas redes sociais acabou por dificultar o acesso da população-alvo à informação sobre o Bolsa de Terras, sendo que a própria associação garante que, num futuro próximo, serão “desenvolvidas directamente junto da população assim que haja condições de segurança para o desenvolvimento das mesmas”.

Nova realidade

Conscientes da nova realidade com que lidamos actualmente, a ADECA tem procurado manter-se activa no apoio prestado às empresas alvaiazerenses.

“Temos focado na informação constante daquilo que são as medidas que vão sendo lançadas, apoios para as empresas, candidaturas, entre outros. Temos apostado também no apoio à divulgação dos negócios das nossas empresas, adaptações que estes estejam a fazer provenientes da situação pandémica, em termos de horários, serviços, etc.”, explicou Miguel Dias.

Nestes tempos conturbados, a associação assume ter tido necessidade de se “adaptar a esta nova realidade e temos apostado muito no online, quer seja ao nível do desenvolvimento de acções de esclarecimento, formação, entre outros”, referindo que o “trabalho de desenvolvimento integrado tem sido feito embora de forma condicionada, sabemos que não podemos chegar onde queremos apenas com ferramentas digitais, mas dada a situação actual, elas acabam por ser uma alternativa à qual temos de recorrer. Ainda agora no Natal, penso que conseguimos de alguma forma apoiar e potenciar o comércio local, voltámos a vender os cabazes de produtos locais, que foram um autêntico sucesso e conseguimos também apoio da Câmara Municipal de Alvaiázere para o desenvolvimento da iniciativa de incentivo à compra no comércio local ‘Alvaiázere, Sorte em Comprar Aqui’”.

Com os olhos postos no futuro, a ADECA tenciona manter o seu apoio às empresas e aos empreendedores que pretendam desenvolver projectos de âmbito empresarial ou rural no concelho.

“De forma semelhante ao último ano iremos continuar a apoiar os agricultores e produtores locais sempre almejando que o negócio seja sustentável e inovador. Iremos também continuar a prestar apoio aos desempregados e empresas no âmbito do Gabinete de Inserção Profissional. No que se refere à formação financiada e formação-acção, continuaremos a executar os projectos que temos a decorrer e iremos candidatar-nos a novos projectos que surjam, sempre tendo em mente as necessidades dos nossos associados, das empresas concelhias e da comunidade”, esclareceu Miguel Dias.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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