O vice-presidente da Câmara Municipal reuniu com a delegada de saúde e os directores dos agrupamentos das escolas a fim de avaliar as medidas adoptadas pelos estabelecimentos de ensino.
“Face às condições especialmente adversas que foi necessário contornar devido à pandemia de Covid-19, o balanço da actividade escolar no Município de Cantanhede no primeiro período é extremamente positivo, tendo superado claramente as expectativas da generalidade dos agentes educativos”, diz a autarquia em comunicado.
Os responsáveis pelas instituições asseguram que “a cultura de prevenção e as medidas implementadas nos estabelecimentos de ensino, sem se ter cedido ao alarmismo, geraram as condições de confiança desejáveis para “o sucesso educativo”, alertando no entanto para “a necessidade de haver uma atenção acrescida no retomar das actividades lectivas do segundo período, cumprindo e fazendo cumprir, se possível ainda com maior rigor, as normas de segurança”.
Pedro Cardoso, vice-presidente do município, assinalou ainda “o bom resultado das estratégias adoptadas e do trabalho conjunto”, destacando a propósito “o papel importantíssimo dos professores, educadores e pessoal auxiliar, que nunca baixaram a guarda, e mesmo sujeitando-se a riscos, cumpriram exemplarmente a sua função, convictos de que o ensino presencial é a melhor forma de combater o aumento das desigualdades que o ensino à distância tende a acentuar”.
O vice-presidente da Câmara Municipal lembrou ainda que, “perante o cenário de Setembro, quando muitos vaticinavam o encerramento das escolas após duas ou três semanas, felizmente foi possível contornar as dificuldades com uma gestão adequada das situações, processo em que as escolas e respectivas direcções souberam estar à altura das exigências”, sublinhando que “foram de facto inexcedíveis, quer na especialmente difícil tarefa de reorganização dos espaços escolares, de modo a serem escrupulosamente cumpridas as orientações da Direcção Geral de Saúde, quer fazendo respeitar as medidas de distanciamento físico, higiene das mãos, utilização de máscara e etiqueta respiratória, quer ainda na definição dos planos de contingência e dos fluxos de comunicação quer com a delegada de Saúde quer no âmbito das comunidades educativas”.
Para o autarca responsável pelo sector da educação, “a promoção de comportamentos preventivos, a articulação e cooperação entre as diferentes entidades, a mobilização da comunidade escolar para a sua prática e a organização
de mecanismos de controlo das cadeias de transmissão continuam a merecer a maior atenção e empenho de todos para ver se conseguimos de novo no segundo período não ter nenhum surto”.
Também abordada na reunião foi a necessidade de se agilizarem mecanismos tendentes a evitar a proliferação de fake news ou exageros potencialmente geradores de alarmismo, o que deverá passar pelo reforço dos canais de comunicação através de interlocutores de referência entre os diferentes agentes da comunidade educativa, processo em que a delegada de Saúde, aquando da identificação de um caso de Covid-19 suspeito e/ou confirmado, tem tido um papel crucial.
Foram ainda simulados vários exercícios de antecipação dos diferentes cenários que podem ocorrer no contexto escolar, para sinalizar algumas fragilidades nos mecanismos de comunicação.
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