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Cantanhede: Empresa testa medicamento contra covid-19 com células estaminais

22 de Dezembro 2020

Várias empresas do Biocant Park de Cantanhede desenvolvem projectos biotecnológicos de resposta à pandemia da covid-19, entre eles um medicamento à base de células estaminais.

Segundo um comunicado daquele parque tecnológico, a empresa Crioestaminal, laboratório líder em células estaminais em Portugal e um dos maiores da Europa, desenvolveu um medicamento experimental à base de células estaminais do tecido do cordão umbilical expandidas para tratar doentes graves com covid-19.

O medicamento experimental, já disponível para utilização hospitalar, foi desenvolvido na recente unidade de produção de medicamentos de terapia celular da empresa, num investimento de cerca de 1 milhão de euros, refere a nota.

De acordo com André Gomes, director geral da Crioestaminal, a empresa “está em condições de produzir cerca de duas dezenas de doses por semana, com a possibilidade de expandir a produção, se necessário”.

O desenvolvimento de uma vacina para o novo coronavírus SARS-COV-2, responsável pela doença da covid-19, é outro dos projectos em curso no Biocant Park de Cantanhede, pela mão da empresa Immunethep.

Segundo o director executivo Bruno Santos, a empresa está motivada “pelo desenvolvimento de uma solução nacional que permita vacinar e proteger os portugueses o quanto antes”.

A Immunethep utilizou a experiência que detém na área da imunoterapia para levar a cabo o desenvolvimento desta vacina, administrada por inalação, e que se encontra agora em fase de ensaios com animais, numa parceria com o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), do Porto.

O Laboratório de Microbiologia, a unidade especializada em microbiologia do Biocant – Associação de Transferência de Tecnologia, em parceria com a empresa Biocant R&D, desenvolveu uma metodologia inovadora e única em Portugal, designada de ArCovid19, que permite detectar a presença de SARS-CoV-2 em amostras de ar.

Segundo Joana Branco, directora executiva da Associação Biocant, esta metodologia “pode ser relevante em ambientes críticos como Unidades de Cuidados Intensivos, Cuidados Continuados, Lares de Idosos e serviços hospitalares diversos, por forma a detectar precocemente a presença do vírus e, assim, prevenir novas cadeias de transmissão”.

O consórcio prevê que, num segundo momento, seja possível aplicar a tecnologia desenvolvida noutros espaços, como transportes públicos ou centros comerciais, espaços onde a aglomeração de pessoas e possibilidade de propagação do SARS-CoV-2 é mais elevada.

LUSA


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