Os concelhos Ansião, Condeixa e Soure viram agravado o risco de contágio de covid-19, que passa a muito elevado (entre 480 e 960 casos por 100.000 habitantes), e assim endurecidas as medidas restritivas decididas pelo governo para o período entre 9 e 23 de Dezembro.
Penela e Pombal descem para o escalão de risco elevado (entre 240 e 480 casos por 100.000 habitantes), enquanto Alvaiázere se mantém com o risco moderado (até 240 casos por 100.000 habitantes) de transmissão do novo coronavírus.
Nas próximas duas semanas (entre os dias 9 e 23), nos concelhos de Ansião, Condeixa e Soure passa a ser proibida a circulação na via pública a partir das 23h00 e até às 5h00 do dia seguinte durante a semana, e aos fins-de-semana entre as 13h00 e 5h00, existindo o dever de recolhimento e devendo os estabelecimentos comercias encerrar também às 13h00.
Nos concelhos de Penela e Pombal, a situação epidemiológica desagravou-se e as restrições passam “apenas” à proibição de circulação na via pública diariamente entre as 23h00 e as 5h00, medida que não se aplica a Alvaiázere, mais aliviada no mapa de contágio e por consequência nas limitações.
“Via verde” para o Natal
Entretanto, a circulação entre concelhos será permitida entre 23 e 26 de Dezembro, e na véspera e no dia de Natal poderá circular-se na via pública até às 02h00, anunciou hoje o primeiro-ministro.
De acordo com António Costa, estas medidas serão, contudo, sujeitas a avaliação no dia 18 de Dezembro para confirmar a tendência de melhoria da pandemia de covid-19.
Na conferência de imprensa para apresentar as novas medidas de restrição devido à pandemia e o plano para o Natal e Ano Novo, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o primeiro-ministro adiantou ainda que na noite de 23 para 24 de Dezembro a circulação na via pública será permitida apenas para quem se encontre em trânsito.
Na véspera de Natal e no dia de Natal (dias 24 e 25 de Dezembro) o recolher obrigatório só acontecerá a partir das 02h00.
No dia 26 de Dezembro será permitido circular na via pública até às 23:00, para permitir que os portugueses terão “todo o dia 26 para serenamente regressar às suas casas”, acrescentou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro considerou que os portugueses têm uma “via verde” para celebrar o Natal e Ano Novo, mas advertiu que se a situação epidemiológica se agravar o Governo não hesitará em “puxar o travão de mão”.
“Tenho de ser franco e falar claro e verdade aos portugueses: Se as coisas não continuarem a correr como até aqui, se as coisas se alterarem radicalmente, se voltarmos a ter um crescimento exponencial da epidemia, teremos de puxar o travão de mão”, declarou António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro, o conjunto de medidas adoptadas para combater a covid-19 “demonstra que tem sido possível conter a epidemia”.
“Estamos a ter em cada dia menos casos e uma taxa de risco de transmissão controlada e neste momento abaixo de 1%. A experiência indica que cada vez que se aumentam as restrições consegue-se conter epidemia, mas também que em cada que diminuem as restrições aumenta-se o risco de transmissão da epidemia. Temos de continuar a gerir de forma controlada esta situação”, defendeu.
António Costa acrescentou depois que sua esperança “é que no próximo dia 18 possa estar a dizer “que estes 15 dias valeram a pena e que situação epidemiológica em Portugal está melhor do que em 5 de Dezembro”.
“E, portanto, vamos ter um Natal e um Ano Novo em maior segurança. Ninguém deseja puxar o travão de mão e temos de evitar. É isso que temos de fazer ao longo dos próximos 15 dias”, insistiu.
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