A Câmara Municipal de Soure vai auxiliar dez associações do concelho e quatro fábricas de igreja nas obras de reparação dos estragos provocados pela tempestade ‘Leslie’, em Outubro de 2018, e cujas candidaturas a comparticipação estatal ainda estão sem resposta.
A autarquia compromete-se a financiar até 95% do valor inscrito nas referidas candidaturas apresentadas ao Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva (Sub-programa 2), direccionado no Centro para aquela calamidade, sendo ressarcido posteriormente pelas colectividades, caso estas venham a obter algum desse montante, para evitar “duplo financiamento”.
O valor das candidaturas ascende a mais de 450.000 euros. Para fazer face à ajuda de 95%, “o Município vai inscrever de imediato alguma verba, pois há obras que poderão começar ainda este ano, enquanto outras mais avultadas serão concluídas só no ano que vem, ficando a restante verba inscrita no orçamento municipal de 2021”, adianta ao TERRAS DE SICÓ o presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes.
“Decidimos avançar com esta medida para repor a normalidade social e o património que é público, porque sendo colectividades, não deixa de ser património público. Quer os associados dessas colectividades, quer o próprio investimento municipal ajudaram a pô-las de pé, e como tal não se podem degradar”, defende o autarca, frisando que a Câmara “está a substituir-se ao Estado, mas mantendo a expectativa de que algum financiamento possa ainda vir”.
Centro Social e Cultural Sampedrense; Associação Regional do Centro de Caça e Pesca de Vila Nova de Anços; Santa Casa da Misericórdia de Soure; Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Simões; Centro Social de Alfarelos; Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Soure; Centro Cultural, Desportivo e Recreativo do Moinho de Almoxarife; Casa do Povo de Vila Nova de Anços; Associação Cívica, Cultural e Recreativa do Casal dos Bacelos – Porto Godinho; Centro Recreativo dos Bonitos; Casal dos Pedros e Casal da Misericórdia, bem como as fábricas das igrejas paroquiais de Soure, Vinha da Rainha, Alfarelos e Brunhós vão assim poder realizar as obras que aguardam há dois anos.
“Algumas obras eram de pequena monta e as associações efectuaram a reparação, mas agora estão sem verbas. Pior do que isso são as colectividades que não realizaram uma intervenção antecipada e onde os prejuízos são agora muito maiores do que eram, como em Moinho de Almoxarife. Neste caso, provavelmente, o município vai ter de reforçar esse apoio porque o que está na candidatura já não será suficiente”, antecipa Mário Jorge Nunes.
Na sequência das adendas aos contratos de auxílio financeiro, no âmbito do Fundo de Emergência Municipal, o Município de Soure vai receber mais 166.000 euros, que se juntam aos 60.000 euros vindos em 2019.
“Estávamos a contar com pelo menos 350.000 euros, que é 50% de um conjunto de obras de reparação que elencámos e que foram supervisionadas, mas o que vamos receber não chega a essa percentagem”, refere, resignado, o edil.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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