O Município de Pombal está a preparar a expansão da Zona Industrial da Guia, criando mais 20 lotes de terreno, num investimento superior a 2,5 milhões de euros. O presidente da Câmara Municipal, Diogo Mateus, pretende que, com esta ampliação, “a Guia caminhe para que seja o melhor e o maior polo industrial do litoral centro de Portugal”.
O autarca realça que “as empresas que ocupam os actuais 23 lotes da Zona Industrial da Guia representaram em 2019 um volume de negócios de 27 milhões de euros, dos quais mais de 60% são para exportação, empregando mais de 270 trabalhadores”.
Diogo Mateus enaltece que o esforço que o município está a fazer irá contribuir para que o concelho de Pombal, em particular a vila da Guia, se assuma como “uma marca de referência, não só quanto ao desenvolvimento empresarial no eixo geográfico do litoral centro, mas também quanto às boas acessibilidades a principais vias rodoviárias e portuárias que a servem”.
Por outro lado, o autarca sublinha que “as freguesias limítrofes, como o Carriço, irão ser bastante estimuladas no que diz respeito à dinamização comercial e de serviços, potenciando a sua localização estratégica que se assumirá como uma das mais importantes plataformas logísticas do litoral centro Portugal”. “No Carriço, temos a EN109, a A17, o início do IC8, (com uma rápida ligação à A1 e ao IC2, bem como à linha ferroviária do Norte), uma estação do caminho-de-ferro e a proximidade ao Porto da Figueira da Foz”, refere.
Segundo Diogo Mateus, Pombal é um concelho que apresenta uma “variada multiplicidade de actividades, empresários, projectos familiares e financeiros, tanto de multinacionais como de outras empresas mais locais”, sendo, por isso, “uma força que não pode ser desconhecida, desacompanhada e muito menos desincentivada”.
Sem descurar a importância da localização geográfica e das infra-estruturas para a fixação de empresas no concelho, o edil social-democrata destaca o papel das pessoas, nomeadamente a sua “grande capacidade de empreendedorismo”, mas também as que são indispensáveis ao bom funcionamento das empresas. “Depois, a capacidade invulgar de serem cidadãos preocupados com o futuro”, frisa.
Outra das apostas passa pela capacitação de mão-de-obra, com vista a contribuir para o desenvolvimento empresarial e competitividade do território, já por si considerado uma referência na região e no país. Exemplo disso mesmo é o envolvimento de mais de 40 maiores empresas do concelho na estrutura accionista da entidade proprietária da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal (ETAP). Uma iniciativa que permite proporcionar uma oferta educativa e formativa adequada às necessidades das empresas.
Tendo como um dos seus objectivos a melhoria das condições das empresas que já se fixaram no concelho e a captação de novos investimentos, a Câmara Municipal mantém os seus investimentos nas zonas industriais, com destaque para o projecto de ampliação da Zona Industrial da Guia, “cujo papel fundamental na dinamização económica das actividades produtivas no concelho, na geração de empregos directos e indirectos e como núcleo agregador de investimentos, levou a uma crescente procura de lotes nos últimos tempos”, refere.
Operação de loteamento suporta candidatura a fundos comunitários
A operação de loteamento, com uma área de intervenção de quase 184 mil metros quadrados, pretende ampliar a área de localização empresarial para a zona norte, num investimento a rondar os 2,5 milhões de euros, ao qual se acresce o montante despendido com a aquisição dos respectivos terrenos. Para o efeito, está a ser preparada uma candidatura a fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Centro 2020.
O projecto foi alvo de um estudo para encontrar a melhor solução e uma equilibrada integração urbanística, quer ao nível da distribuição de actividades e de lotes de dimensões variadas em função da procura, quer ao nível das infraestruturas e rede viária de acesso e distribuição. Foi mantida a relação de continuidade com o parque industrial existente, situado a sul da Rua da Guia, dando seguimento aos respectivos arruamentos, com perfil, alinhamentos e parâmetros urbanísticos das edificações idênticos.
Tendo como pressuposto base uma articulação do loteamento com a malha urbana existente na Zona Industrial da Guia, optou-se por estruturar o loteamento através de um arruamento principal que dá continuidade às vias existentes, de sentido norte-sul, interligando-se e articulando-se com a Rua da Guia através da introdução de rotundas. Todos os acessos aos lotes serão efectuados a partir deste arruamento principal.
A “nova” zona industrial será constituída por 20 lotes, com áreas que variam entre os 2.500 m2 e os 6.800 m2, sendo que este valor limite poderá sempre ser superior através do emparcelamento de lotes. A área total dos lotes é de 97.234,05 m2. O projecto anunciado prevê, ainda, a disponibilidade de estacionamentos ao longo do arruamento principal, perfazendo um total de 115 lugares para veículos ligeiros e 17 para veículos pesados. É proposta igualmente uma área verde com um mínimo de 50 metros de largura ao redor dos lotes, com o intuito de criar um espaço verde de protecção e enquadramento, e também de protecção e combate aos incêndios florestais.
Quanto à área máxima de construção admitida para cada lote considerou-se o dobro da área de implantação permitida, não ultrapassando um índice máximo de 120%, em concordância com o estipulado no Plano Director Municipal para o espaço de actividades económicas.
Para Diogo Mateus, o projecto de ampliação da Zona Industrial da Guia representa um esforço que dá continuidade à dinâmica de fixação de empresas e de promoção da indústria, com a instalação de novas empresas, sobretudo de sectores de actividades inovadores e de base tecnológica.
Projecto pioneiro de autoprotecção contra incêndios florestais
No âmbito do projecto de expansão da Zona Industrial da Guia, a Câmara de Pombal vai implementar um projecto de autoprotecção contra incêndios florestais, encomendado à Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
O referido projecto consiste na instalação de um sistema passivo de protecção numa faixa de gestão de combustíveis com 100 metros de largura e num sistema dotado de um conjunto de aspersores a ser instalado na periferia da área a proteger”, refere a autarquia, frisando que estes equipamentos “irão aspergir água previamente tratada na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que dista cerca de 500 metros do ponto mais próximo da zona industrial.
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