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Pombal: ‘Amigos do Arunca’ não querem “deixar morrer” o rio

10 de Outubro 2020

A degradação das águas do rio Arunca está a preocupar o recém-criado movimento “Amigos do Arunca”, que quer saber qual o seu estado ambiental actual. Nesse sentido, escreveu uma ‘carta aberta’ dirigida à comunidade e também a várias autoridades, como o ministro do Ambiente e da Transição Energética, os presidentes de Câmara de Pombal e Soure, Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto Conservação as Natureza e Florestas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, entre outras.

Na missiva, o movimento pede explicações às autoridades acerca da “grave situação de degradação das águas do rio Arunca”, questionando sobre as “medidas tomadas e quais ainda estão em resolução” e como são feitas as acções de monitorização.

“Nos últimos anos, fruto das intervenções efectuadas nas margens do rio Arunca, a população voltou a redescobrir o rio, aproveitando a oferta de novas infra-estruturas como espaço de lazer ao ar livre, para desportos, passeios em família, pic-nics, num local aprazível e é desejo de muitos, que regressem os banhos de rio, alguns desportos náuticos, inclusive a pesca, de forma segura, para o concelho de Pombal e Soure que recebem o nosso rio”, referem na carta.

Há umas semanas, “foram encontradas duas lindas lontras mortas, dois belos exemplares da nossa fauna, no rio Arunca, a montante da cidade de Pombal, acompanhado de relatos e testemunhos de sinais graves de poluição das suas águas”.

E tal situação provocou “uma onda de consternação e reflexão, juntando pessoas, que não se conhecendo, pretendem exercer uma cidadania responsável e participativa, e que têm em comum uma preocupação: olhar o rio Arunca para não o deixar morrer”.

É este movimento, denominado Amigos do Arunca, que pretende agora “sejam tomadas várias medidas públicas e privadas” com vista a se alcançarem soluções com a finalidade de conseguir a “despoluição, aumento e manutenção da qualidade ambiental quer da água, quer da fauna e flora, organização de actividades, e envolvimento do máximo de cidadãos e entidades públicas e privadas”, para que “não continuemos a viver de costas voltadas para o nosso rio Arunca”.

Os Amigos do Arunca, ‘acolhidos’ entretanto pelo GPS – Grupo Protecção de Sicó, pedem às diferentes entidades “ajuda para conhecermos o estado ambiental actual do rio Arunca e dos seus afluentes (rios Anços e Ourão)”.

O movimento pede para ser esclarecido sobre as intervenções realizadas e “quais ainda estão em resolução”. Questiona ainda “de que forma se faz a monitorização do impacto dos efluentes que estão autorizados a drenar para o rio Arunca e dos seus afluentes, e/ou valas que para aí drenem, e qual a articulação de informação com as outras entidades competentes pelos recursos hídricos e ambientais”.

“Existe um plano de monitorização da água do rio Arunca e dos seus efluentes como descrito na Lei da Água e no Plano Nacional da Água? Se sim, como é feito e divulgado tais resultados? Qual a evolução do estado químico e o estado ecológico das águas do rio Arunca e dos seus afluentes?”, interroga também.

Salientando a importância das acções de fiscalização e afirmando temer “danos significativos e irreparáveis nos ecossistemas terrestes e aquáticos”, devido ao uso de químicos e lixo de “grandes e pequenas dimensões”, os Amigos do Arunca asseguram que irão manter-se “atentos e interventivos e disponibilizam-se para dar voz às preocupações dos cidadãos, para que a água do rio Arunca e seus afluentes seja um património natural e cultural protegido e defendido como tal”.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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