O deputado do CDS João Gonçalves Pereira questionou o Governo sobre alegadas descargas poluentes no rio Arunca, no sentido de saber se o ministro do Ambiente e Acção Climática tem conhecimento da situação, anunciou o partido.
João Gonçalves Pereira questiona também se, à semelhança de técnicos camarários e efectivos da GNR, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) foi ao local, e que medidas foram tomadas no sentido de apuramento de responsabilidades e com que consequências. O deputado centrista quer igualmente saber “com que frequência tem sido feita a recolha de amostras para análise da água na zona afectada e com que resultados”.
“Ainda, e face ao investimento anunciado em Outubro de 2019, e presumindo que o rio Arunca tenha sido alvo de estudos por parte da APA, em toda a sua extensão, João Gonçalves Pereira questiona se estão identificadas mais do que uma eventual fonte de poluição pontual ou difusa deste rio, e quais, e, tratando-se de um problema ambiental grave e com riscos para a saúde pública, além do imediato, que medidas tenciona o Ministério do Ambiente adoptar para impedir que volte a acontecer”, adianta uma nota do Grupo Parlamentar do CDS-PP.
Na semana passada, a Câmara Municipal de Pombal emitiu um comunicado onde demonstra a sua preocupação com descargas poluentes no rio Arunca denunciadas nas redes sociais.
No texto refere-se que a autarquia “tem estado a acompanhar a situação com grande preocupação, tendo articulado de imediato com a Guarda Nacional Republicana diligências com vista à verificação de factos denunciados”.
No entanto, as diligências no local não conseguiram verificar indícios de descargas poluentes naquele rio, “nem quaisquer irregularidades, nomeadamente a montante da cidade de Pombal”.
A autarquia assegura ainda que tem havido uma preocupação acrescida em acompanhar as referidas denúncias, sendo exemplo disso os diversos patrulhamentos efectuados por parte dos militares do Núcleo de Protecção Ambiental da GNR junto às margens do rio.
O rio Arunca nasce perto da povoação de Albergaria-dos-Doze, no concelho de Pombal, e desagua na margem esquerda do rio Mondego, em plena região do Baixo Mondego, a três quilómetros da vila de Montemor-o-Velho.
É precisamente nos concelhos de Montemor-o-Velho e Soure, que a APA anunciou, em Outubro do ano passado, um investimento de cerca de sete milhões de euros na regularização de quase oito quilómetros do leito e margens do rio Arunca. Uma obra que, como o TERRAS DE SICÓ noticiou no mês passado, está “encravada” numa providência cautelar interposta em tribunal por um dos concorrentes à empreitada.
O CDS-PP entende que “a valorização dos rios e das suas margens, nomeadamente com intervenções de preservação da biodiversidade, é essencial em toda a sua extensão”, considerando ser “urgente” que o Governo “tome medidas sérias e firmes contra este tipo de actos de poluição e destruição de ecossistemas do nosso país”.
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