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Covid-19: Associações empresariais da região exigem mais apoios

4 de Junho 2020

As associações empresariais da Lousã, Poiares, Miranda do Corvo e Penela lamentaram, hoje, a suspensão do programa ‘Adaptar Micro’ e consideram que “é urgente o seu relançamento, para assim apoiar as microempresas nas despesas extra que têm de suportar para a adaptação ao contexto resultante da covid-19”.

“Em Portugal mais de 80% das empresas são microempresas, muitas a funcionar num contexto familiar e cujos recursos não são suficientes para dar resposta à quebra de volume de negócios que se tem verificado por via da covid-19. Assim medidas como o lay-off simplificado, as linhas de crédito à tesouraria ou o programa Adaptar são a esperança dos empresários de todo o país que lutam incansavelmente para reabrir os seus negócios e manter as suas responsabilidades cumpridas, no entanto, estas medidas têm ficado aquém das necessidades e não estão a chegar às microempresas”, lamentam a Associação Empresarial Serra da Lousã, Associação Empresarial de Poiares, Clube de Empresários de Miranda do Corvo e o Núcleo Empresarial de Penela.

Segundo aquelas associações, “o exemplo mais recente desta insuficiência de apoios, foi o programa ‘Adaptar Micro’, que pretendia apoiar com 80 % a fundo perdido, investimentos até 5.000 euros por cada microempresa. Este programa visava assim apoiar as microempresas nos investimentos realizados para se adaptarem ao novo contexto covid-19, por forma a preservar a segurança de todos, e apoiava por exemplo a aquisição de máscaras, desinfectantes, álcool gel, viseiras, a criação de sites para venda on-line, colocação de divisórias entre outros”.

Para as microempresas foi atribuída uma dotação de 50 milhões de euros “que se esgotou em apenas 10 dias, muito antes de chegar a um número aceitável de empresas”.

Em comunicado as quatro associações referem que “não é compreensível que um apoio que tem como objectivo apoiar a parte do tecido empresarial com maior representação, não tenha um tecto orçamental mais elevado. A dotação deste programa conseguiu acolher pouco mais de 17.000 microempresas, num universo de mais de 100.000, ou seja, cerca de 83% das microempresas não tiveram oportunidade para se candidatar a este apoio”, denunciam, convictos que “esta medida é uma das melhores ferramentas para que o retorno das actividades comerciais seja feito com a segurança necessária para todos”, pelo que exigem que este apoio seja relançado e com mais dotação.

“Pretendemos que a retoma de todos os sectores de actividade seja feito de forma responsável e em cumprimento das normas apresentadas pela Direcção-Geral da Saúde, para isso as microempresas que fecharam portas durante dois meses, para continuar a cumprir com as suas obrigações, necessitam deste apoio para cobrir as despesas relacionados com a adaptação às novas normas que são agora obrigados a cumprir”, concluem.

(Na foto, os dirigentes das quatro associações, Carlos Alves, Alfredo Simões, Paulo Carvalho e Hugo Serra)


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