A Universidade de Coimbra (UC) decidiu hoje suspender toda a actividade presencial até ao final do presente ano lectivo, devido à pandemia da covid-19, anunciou aquela instituição de ensino superior.
“Foi decidida a suspensão de toda a actividade lectiva presencial na UC – com a sua substituição por métodos digitais para a promoção de um ensino a distância -, até ao final do ano lectivo 2019/2020, devido à situação de emergência no contexto da pandemia de covid-19”, afirmou a Universidade de Coimbra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo a nota de imprensa, foram também determinadas “a transição de todos os regimes de avaliação para meios digitais e a manutenção do calendário escolar para o ano lectivo em curso”, abrindo-se excepção à pausa lectiva da Queima das Fitas, de 11 a 15 de maio, que passa a integrar o período lectivo, com a festa dos estudantes a ter sido adiada para Outubro.
“Esta decisão é tomada em face das orientações que têm sido emanadas pela Direcção-Geral da Saúde para prevenção e contenção da propagação da doença causada pelo novo coronavírus”, justifica a UC.
Para aquela instituição do ensino superior, “não é previsível que venham a estar reunidas, até ao final do ano lectivo em curso, as condições que permitam retomar as actividades lectivas em regime presencial”.
“Acresce ainda o facto de, decorrente da incerteza instalada, a estabilidade emocional de toda a comunidade académica dever ser considerada um valor maior – a que se junta a necessidade de todos os estudantes (nacionais e internacionais) serem tratados de igual forma, razão pela qual se torna necessário planificar atempadamente o que resta do actual ano lectivo”, frisa a Universidade de Coimbra.
A 25 de Março, a agência Lusa já tinha noticiado que o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, ponderava a possibilidade de não haver mais aulas presenciais até ao fim do ano lectivo.
“Apelo a todas e a todos que não relaxem e não pensem que vamos voltar ao ensino presencial até ao final do corrente semestre. Não quero com isto dizer que essa hipótese está afastada, mas pode muito bem não haver condições para que tal aconteça”, afirmava na altura o reitor, numa carta enviada ao corpo docente a que a agência Lusa teve acesso.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 50 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).
Dos infectados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de Março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de Março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de Abril.
LUSA
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