Os empresários de Ourém-Fátima pediram ontem ao Governo para atribuir maiores apoios ao concelho, tendo em conta o impacto da pandemia da covid-19 na região.
Numa mensagem dirigida aos associados, a presidente da direcção da ACISO – Associação Empresarial de Ourém-Fátima, Purificação Reis, afirma ser “fundamental que sejam lançadas medidas adicionais, quer ao nível da Comissão Europeia, Governo ou mesmo Autarquia”.
“Todos temos a consciência do impacto social do encerramento de empresas, tornando-se assim imperativa a concentração de esforços colectivos para que tal não aconteça”, lê-se na missiva, que garante que “a ACISO continuará a dar o seu melhor para responder às várias questões dos associados, apoiando as empresas neste momento difícil”.
Num quadro actual descrito como “crítico”, a ACISO salienta que “os empresários enfrentam agora um desafio nunca antes sentido”.
“Chamados a tomar decisões, dia a dia, minuto a minuto, num enquadramento de total incerteza, repleto de factores externos incontroláveis, necessitam, como nunca, de reforçados apoios”, refere ainda a mensagem publicada na página da ACISO.
A associação sublinha que também “continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance na reivindicação de medidas de apoio às empresas e aos empresários, para que seja possível fazer esta travessia com o mínimo de impacto possível, tanto a nível económico, como social”.
Na mensagem, Purificação Reis não esconde as dificuldades e preocupações por que passam os empresários.
“Não há planeamento que, mesmo em cenário pessimista, tenha contemplado a situação que agora vivemos. As empresas, base de funcionamento de toda a economia, veem-se confrontadas com múltiplos compromissos e com total ausência de actividade e de rendimentos. As preocupações com os trabalhadores e com as famílias que deles dependem são muitas e as respostas insuficientes”, refere.
A associação desafia ainda os empresários para “aproveitarem esta pausa” para se “reinventarem”, para “equacionarem novas formas de promover o desenvolvimento numa perspectiva mais sustentável”.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque revelou que o impacto do encerramento de estabelecimentos ronda os 90% em Fátima e também apelou ao Governo para que tenha “atenção à especificidade” desta freguesia.
“Fátima vive do turismo. É um ponto de empregabilidade não só do concelho, como da região. Muita gente vive à custa de Fátima. Estamos a viver esta situação com muita preocupação. Apelo ao Governo que tenha sensibilidade e, se quer manter os postos de trabalho, as medidas têm de ser fortes”, afirmou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.
Dos casos de infecção, pelo menos 165 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).
Dos infectados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
LUSA
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