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Soure: Câmara candidata tradições locais às “7 Maravilhas da Cultura Popular”

11 de Março 2020

A Câmara de Soure candidatou a tradição do Ramo dos Pinhões da Festa do Divino Espírito Santo, as Festas de S. Mateus e a lenda do Campo da Velha de Soure às “7 Maravilhas da Cultura Popular”, anunciou hoje a autarquia, sublinhando que o município “tem vindo a implementar um conjunto de acções no sentido de contribuir para a descoberta da riqueza patrimonial do seu território, nas quais se enquadram várias iniciativas dinamizadas pelo Posto de Turismo e pela Biblioteca Municipal”.

Na categoria Lendas e Mitos, a Câmara submeteu a “Lenda do Campo da Velha de Soure”, associada à construção do edifício dos Paços do Concelho, que relaciona factos históricos com alguma fantasia própria das histórias. “Esta narrativa tem sido alvo de valorização municipal e, face à sua importância para a identidade concelhia, recentemente, o Município materializou a lenda através da edição de um livro infantil”, recorda uma nota da edilidade.

As tradicionais Festas de São Mateus, com a peregrinação à capela do seu orago, foram o certame candidatado à categoria Festas e Feiras. “Este é o principal acontecimento festivo do concelho, propiciando o reencontro de todos os munícipes e demais sourenses, que, em simultâneo, representa uma das maiores romarias da região do Baixo-Mondego, Gândaras e norte da Estremadura. Esta importância está remota ao tempo da construção, no século XII, por Rício (São Rijo) de uma ermida, num local denominado como Monte de São Mateus, cuja origem pode ser comprovada na lápida da capela”, regista a mesma nota.

À categoria Romarias e Procissões, a autarquia apresentou a “Tradição do Ramo dos Pinhões da Festa do Divino Espírito Santo”, um ex-líbris do concelho, que “todos os anos tem lugar na localidade do Espírito Santo (freguesia de Soure). O ramo que dá nome à tradição é composto por mais de 300.000 pinhões, que enfeitam o andor e que sai à rua transportado pelos populares”. A Câmara lembra que “são estes que, durante vários meses, se empenham, numa verdadeira azáfama, a apanhar pinhas e a juntar muitos, muitos pinhões. A tradição é muito antiga, que a população se esforça por não deixar morrer e que atrai à localidade largas centenas de visitantes”.

“A participação do Município de Soure nesta iniciativa visa dar continuidade à sua estratégia de promoção do património, de valorização das suas tradições e ao investimento na vertente turística do território”, concluiu a nota, salientando a aposta na afirmação e divulgação destas importantes manifestações culturais.


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