O Município de Pombal aderiu ao Programa Abem – Rede Solidária do Medicamento, desenvolvido pela Associação Dignitude, cujo principal objectivo é garantir o acesso aos medicamentos prescritos por receita médica por parte de qualquer cidadão que se encontre numa situação de carência económica.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Diogo Mateus, a adesão a este programa “enquadra-se num conjunto de outras iniciativas que o município tem vindo a construir ao longo dos anos para acompanharmos os cidadãos mais vulneráveis”, as quais incluem respostas em áreas tão diversas como a habitação, alimentação, acesso à escola e apoio psicológico mais específico.
“Este projecto não se resolve só por vontade e com meios financeiros do município, mas por este trabalho em rede”, que “junta o conhecimento, a proximidade e a confiança de cada uma das instituições” envolvidas com o objectivo de “prestar um melhor serviço”, realçou o autarca, referindo-se às juntas de freguesia, Comissões Sociais de Freguesia, instituições sociais, entidades de saúde e farmácias.
Com a adesão de Pombal à Rede Solidária do Medicamento, a Associação Dignitude aumenta para 142 o número de concelhos com os quais estabeleceu parceria, mas “ainda estamos muito aquém dos 308 municípios”, referiu Maria de Belém Roseira, presidente da Associação Dignitude. Apesar disso, o programa Abem já está implementado em todos os distritos, contando com 166 entidades referenciadoras, mais de 700 farmácias aderentes, mais de 7.000 famílias apoiadas e já foram dispensadas mais 400.000 embalagens de medicamentos.
Para Maria de Belém Roseira, é fundamental continuar a trilhar este caminho até porque “os últimos estudos apontam para que em toda a Comunidade Europeia cerca de 200.000 mortes por ano são devidas ao abandono da terapêutica”. Neste sentido, “sempre que alguém não consegue comprar os medicamentos de que precisa, está a gerar imensas ineficiências para o Sistema Nacional de Saúde, logo somos todos chamados a intervir”.
E é isso mesmo que a Associação Dignitude faz: “ajudar a resolver um problema que o Estado já demonstrou que não tem capacidade para resolver e que não nos pode deixar indiferentes”. Para isso, o programa “junta parceiros improváveis da área da saúde, do sector social e do poder local” com o intuito de “atenuar este problema”.
De referir que “este programa só se aplica a medicamentos prescritos e paga a parte não comparticipada pelo Estado, porque são esses que são indispensáveis”, concluiu Maria de Belém.
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