A lampreia e o arroz carolino do Baixo Mondego aplicado àquela iguaria gastronómica e à doçaria, são destaque, a partir de sexta-feira, em Montemor-o-Velho, num festival, hoje apresentado, que aposta também na animação e actividades para crianças.
A edição 2020 do Festival do Arroz e da Lampreia reúne, até dia 15, quatro tasquinhas de instituições concelhias, que servem almoços e jantares. Nas sextas-feiras e dois fins de semana do evento estarão as quatro abertas e, durante a próxima semana, cada uma assegura um dia, de segunda a quinta-feira, explica a organização, a cargo do município local.
Para além das tasquinhas, a tenda com mais de 3.500 metros quadrados instalada no centro da vila de Montemor-o-Velho inclui sete bares e petisqueiras e mais de 40 espaços de produtos endógenos e doçaria tradicional, artesanato, maquinaria agrícola, comércio e serviços e representações institucionais.
À agência Lusa, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão notou que a lampreia servida no evento “tem uma grande probabilidade, em mais de 90%”, de ser oriunda do rio Mondego.
“Os que sabem e têm gosto pela lampreia reconhecem se é daqui da zona ou não. A daqui é mais dura e tem um sabor diferente, a importada é mais mole e tem um sabor horrível”, argumentou o autarca.
Por outro lado, Emílio Torrão assegurou que há tasquinhas “que só compram a pescadores locais”, o mesmo acontecendo com “um grande distribuidor [de lampreias] da Figueira da Foz”.
Sobre os destaques da edição deste ano do festival, que tem um orçamento de cerca de 60 mil euros, Emílio Torrão apontou a “aposta na animação, um velho anseio dos participantes”, que, pela primeira vez, recorre à contratação de artistas externos ao município, com Quim Barreiros a subir ao palco no sábado e uma banda de tributo aos Xutos & Pontapés agendada para dia 14.
A restante animação ao longo de todos os dias do certame estará a cargo de cerca de 30 ranchos folclóricos, grupos musicais, de cantares, dança e fado, entre outros.
O autarca destacou ainda a “inovação” nas propostas para os mais pequenos, consubstanciada no evento MiniChef, dirigido a crianças entre os 06 e os 12 anos, numa parceria entre a Câmara Municipal, a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e a Associação Diogo de Azambuja.
“Vamos por os mais pequenos a cozinhar”, resumiu Emílio Torrão.
Uma das actividades de maior sucesso da edição anterior – a maratona de confecção de arroz-doce ao vivo – regressa este ano, aumentada para dois dias, 12 horas por dia.
Segundo a organização, quem quiser participar (a inscrição é gratuita mas obrigatória e destinada a residentes no município) leva de casa “o tacho e os restantes utensílios necessários e, eventualmente, aquele ingrediente secreto que pode elevar ainda mais a deliciosa sobremesa”, enquanto os promotores distribuem um kit constituído por arroz carolino, leite e açúcar, para além de avental, touca e luvas.
“Estamos muito apostados na promoção do arroz carolino na modalidade de arroz doce. O ano passado foi um sucesso, alargamos para dois dias esta divulgação de receitas tradicionais que passa dos mais velhos para os mais novos, da avó para a neta e de pais para filhos”, assinalou Emílio Torrão.
LUSA
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM