A Câmara de Ourém vai entregar 6.900 máscaras às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e aos corpos de bombeiros do concelho, tendo aprovado na reunião do executivo um conjunto de medidas de apoio a famílias e empresas.
O presidente da câmara, Luís Albuquerque (coligação Ourém Sempre PSD/CDS-PP), revelou que, após ter sido feito o levantamento das necessidades de equipamentos de proteção individual, a autarquia vai entregar 6.000 máscaras às IPSS e 900 aos corpos de bombeiros do concelho de Ourém.
Numa conferência ‘online’ com os jornalistas, após a reunião de executivo, Luís Albuquerque anunciou ainda um conjunto de medidas de apoio a IPSS, às famílias e às empresas, para fazer face à pandemia da covid-19, num investimento de cerca de 1,1 milhões de euros.
O município vai beneficiar as famílias e empresas com uma redução de 50 ou 100%, de acordo com os casos, nas taxas fixas da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, nos próximos dois meses, medida que pode ser prolongada no tempo, “caso haja necessidade”.
“As medidas destinam-se apenas a quem, por circunstância da pandemia, viu os seus rendimentos diminuírem ou empresas que fecharam portas. Não faz sentido atribuir este beneficio a quem não saiu prejudicado com a situação que se está a viver e mantém o seu salário”, justificou Luís Albuquerque.
Os comerciantes também beneficiarão com a isenção de algumas taxas, nomeadamente de esplanadas e publicidade.
A câmara revelou ainda que fez o levantamento das necessidades informáticas dos alunos do concelho para se preparar para o 3.º período.
“Ainda não sabemos como vai ser o 3.º período, mas receber as aulas em casa é uma possibilidade e o município poderá entregar ‘tablets’ às crianças que não tenham ferramentas informáticas, garantindo o acesso de todos os alunos a esses equipamentos”, adiantou Luís Albuquerque, sublinhando que, assim, todos poderão estar em “igualdade” para assistirem às aulas ‘online’.
Revelando que o impacto do encerramento de estabelecimentos ronda os 90% em Fátima, o presidente apelou ao Governo para que tenha “atenção à especificidade” desta freguesia.
“Fátima vive do turismo. É um ponto de empregabilidade não só do concelho, como da região. Muita gente vive à custa de Fátima. Estamos a viver esta situação com muita preocupação. Apelo ao governo que tenha sensibilidade e, se quer manter os postos de trabalho, as medidas têm de ser fortes”, afirmou.
Foi ainda anunciada a constituição de uma bolsa de voluntariado, “para o caso de haver necessidade de recrutar pessoas”, sobretudo no apoio social.
O autarca revelou que o concelho tem diagnosticados seis casos de infecção pelo novo coronavírus: três encontram-se internados e os restantes recuperam em casa, mas “não há nenhuma situação clínica complicada”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
Dos infectados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
LUSA
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