A arborização de passeios, praças e espaços verdes e a introdução de espécies autóctones mais resistentes nas rotundas são duas das medidas a implementar em Condeixa no âmbito de um Plano de Adaptação às Alterações Climáticas, dinamizado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e financiado pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e Portugal 2020.
As acções previstas para Condeixa incluem a arborização de passeios, praças e espaços verdes nas urbanizações Nova Conímbriga I e II, do Barroso e Parque Verde da Ribeira de Bruscos, colmatando a “inexistência de zonas de sombreamento que facilitem a circulação pedonal e estada nos passeios, praças e espaços verdes públicos” e permitindo uma “melhoria microclimática pela diminuição do impacto e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor”, refere o documento de apresentação do plano.
Nos jardins das rotundas da Faia, Faia Nova, Padre Bento Meni, de Condeixa-a-Velha e área envolvente e praça Conde Ferreira, “espaços verdes com vegetação com baixa resiliência a eventos climáticos extremos dada a sua dependência de água (relvados)”, serão plantadas “espécies autóctones resistentes ao stress hídrico e de revestimentos naturais”, de manutenção menos exigente.
O plano prevê ainda a recolocação de telas de sombreamento nos Paços do Concelho, que atenuem os efeitos das alterações climáticas e reduzam o efeito de “ilha de calor especialmente no Verão, melhorando as condições de circulação, atravessamento e utilização do pátio” do edifício.
Estas acções, orçadas em cerca de 175.000 euros, permitem, segundo a autarquia, “reduzir a sensibilidade e a exposição de Condeixa a fenómenos climáticos adversos”, bem como dar resposta às medidas previstas no Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas, que apontam para a utilização de espécies autóctones melhor adaptadas a desafios ambientais e climatéricos, com baixa dependência de recursos hídricos; promover o uso sustentável da água; reduzir a vulnerabilidade das áreas urbanas às ondas de calor; e aumentar a resiliência dos ecossistemas, espécies e habitats aos efeitos das alterações climáticas.
Mitigar impacto
O Plano de Adaptação às Alterações Climáticas, apresentado pela CIM para os 19 concelhos, ronda um milhão de euros, suportado em 75% por fundos comunitários. Intitulado “Demonstração e Inovação para Adaptação às Alterações Climáticas na Região de Coimbra”, o projecto engloba 11 acções, abrangendo áreas como a disponibilidade e qualidade da água, a fertilidade dos solos e a prevenção da erosão costeira, alterações na frequência e intensidade de inundações, incêndios e tempestades e o aumento da ocorrência de pragas e doenças.
“A CIM Região de Coimbra está muito empenhada em mitigar o impacto das alterações climáticas para evitar fenómenos como o furacão ‘Leslie’, tempestades e incêndios. Existe um compromisso dos 19 municípios que formam esta região em fazer este trabalho com muito empenho para termos melhores condições para o nosso território”, afirma o líder daquela comunidade intermunicipal, José Carlos Alexandrino.
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