A papelaria Alternativa, em Alvaiázere, está desde o início do ano a recolher todo o tipo de tampas de plástico e caricas para ajudar a pagar os tratamentos de Santiago, que sofre de paralisia cerebral.

Santiago é um menino de 12 anos, que desde os cinco anos sofre de paralisia cerebral. A patologia foi-lhe diagnosticada após cair numa fossa.

O menino, que na altura do acidente estava aos cuidados da avó, “andava a brincar na rua, quando caiu numa fossa que estava mal tapada”, contou ao TERRAS DE SICÓ Marisa Henriques, proprietária da papelaria Alternativa, adiantando que desde o momento em que deram pelo desaparecimento de Santiago até o encontrarem, passou cerca de 30 minutos.

O tempo que passou no fundo da fossa, no meio dos dejectos, provocou-lhe incapacidades permanentes que afectam os movimentos, os sentidos e a fala, ou seja, “está completamente dependente”. Por isso, está internado numa clínica de recuperação, onde tem acompanhamento especializado e faz tratamentos diários.

Ora, consciente da dificuldade dos pais em pagar os tratamentos do Santiago, que “custam cerca de 2.000 euros por mês”, Marisa Henriques decidiu fazer uma recolha de todo o tipo de tampas de plástico e caricas, que posteriormente serão vendidas para ajudar a pagar a mensalidade da clínica. Esta recolha solidária “é uma forma de ajudar que toda a gente adere, porque não tem custos”, destaca aquela alvaiazerense, que vai manter a campanha por tempo indeterminado.