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Pombal quer converter 14 antigas escolas em unidades de alojamento local

8 de Fevereiro 2020

A Câmara de Pombal quer converter 14 antigas escolas em unidades de alojamento local, com o objectivo de recuperar o património municipal e potenciar o turismo no concelho. Para isso, vai realizar um concurso de hasta pública para arrendar os respectivos edifícios escolares desactivados, o qual foi aprovado na reunião de executivo camarário de 31 de Janeiro.

A hasta pública pretende “recuperar o património municipal” e, ao mesmo tempo, “potenciar o sector do turismo no nosso concelho”, explicou a vereadora com o pelouro do Turismo, Ana Gonçalves, salientando que o contrato de arrendamento serão de “25 anos, automaticamente renovado por um período de cinco anos”. Já “o valor base da licitação varia conforme a tipologia”, o qual foi fixado em 50 euros para uma escola com uma sala, 75 euros para um estabelecimento com duas salas e 100 euros para um edifício com três salas.

A entrega das propostas decorre até 31 de Março e a abertura pública das mesmas acontece no dia 9 Abril, pelas 10h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sendo que “a adjudicação será feita pelo valor de renda mais elevado”.

Quanto às obras de adaptação dos edifícios para unidades de alojamento “ficam da responsabilidade do arrendatário, mediante uma prévia aprovação do Município de Pombal”, adiantou Ana Gonçalves, realçando que as intervenções a realizar não poderão alterar a fachada dos edifícios, com vista a não desvirtuar aquele património municipal.

“Esta é uma boa oportunidade para lançar esta hasta pública uma vez que os números do turismo na região Centro demonstram crescimento, por outro lado é também uma oportunidade para recuperar o nosso património municipal”, contribuindo para o “desenvolvimento económico e social das nossas comunidades”, considera Ana Gonçalves, acrescentando que em Fevereiro haverá uma apresentação pública desta hasta pública para os cerca de meia centena de operadores de alojamento local do concelho e potenciais interessados.

“A minha preocupação é a descaracterização destas escolas”, afirmou o vereador Narciso Mota, frisando que estes estabelecimentos “têm um historial que tem de ser respeitado”. Por isso, defende que “podemos eventualmente dar-lhes vida como locais de encontro, convívio e lazer” ou convertendo-os em “habitações sociais para alugar a jovens”.

Por sua vez, a vereadora socialista Odete Alves não entende que “utilizar as nossas escolas para este fim específico nos vá retirar a nossa identidade ou desvirtuar a nossa marca como concelho”. Aliás, “é necessário dar-lhes este destino ligado ao turismo”, até porque se trata do “sector com maior crescimento do mundo”.

“Não é o facto do privado fazer os investimentos que vai desvirtuar o património, porque as intervenções terão de ser aprovadas pelo município”, advertiu Ana Gonçalves, sublinhando que a intenção é “criar uma rede de alojamento local em antigas escolas primárias”.

Actualmente existem no concelho “44 unidades de alojamento local e três hotéis”, referiu Ana Gonçalves, revelando que “a estadia média na cidade é de 1,6 dias e em turismo rural é de 2,7 dias”.

CARINA GONÇALVES


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