Mais-valia para a freguesia. É desta forma que a presidente da Junta de Podentes classifica as obras de ampliação da rede de abastecimento de água e a requalificação do largo do Poço da Cruz e da rua Jerónimo Vasconcelos, naquela aldeia, agora concluídas e inauguradas no passado dia 9.

A intervenção representou um investimento de perto de 400.000 euros, em parte financiados por fundos comunitários, através do POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

“Para a freguesia foi uma mais-valia muito grande e marca uma nova era em Podentes, que se estava bonita, embelezou ainda mais”, realça Anabela Santos, de olhos postos no largo, antes asfaltado e agora revestido a calçada, “mais apropriada para uma zona histórica”.

Por outro lado, a população há muito que apresentava queixas sobre a falta de pressão da água da rede pública e “as obras vieram melhorar essa situação”.

Destacando a ampliação da rede de abastecimento de água “a uma zona que ainda não estava abastecida com rede pública”, a requalificação de toda a rede, “que estava a precisar de ser substituída, e do próprio sistema de saneamento”, o presidente da Câmara de Penela, Luís Matias, enfatiza que “são obras de infra-estruturas que melhoram muito a qualidade de vida das pessoas”.

As obras demoraram cerca de um ano e causaram naturais transtornos aos habitantes, impedidos de boa serventia para as residências, com o esventar da rua Dom Jerónimo Vasconcelos, principal acesso da aldeia, para os trabalhos ao nível da rede de águas, “a incomodar e a mexer com o dia-a-dia das pessoas”. “Não foram obras fáceis”, reconhece a autarca, mas “o resultado é positivo”.

Reabilitar escola

Terminada uma etapa, Anabela Santos olha já para o próximo “foco”, que passa por reabilitar e reutilizar a antiga escola primária de Podentes.

“Trata-se de um edifício que está parado e pode ser útil à freguesia”, considera a presidente da Junta, adiantando que o antigo estabelecimento de ensino “embora não esteja em mau estado precisa de uma intervenção”.

Os mais velhos ainda vão utilizando as salas para algumas actividades, como ´aulas´ de informática ou bordados, mas a ideia é dar-lhe outro destino, que podem passar por um centro de dia, “porque a população está cada vez mais idosa”, ou transferir a sede da junta, que “assim ficava mais próxima do centro da aldeia”. “O que for para ali terá de ser uma mais-valia para os fregueses”, sustenta a autarca.

Consciente do investimento municipal realizado na freguesia, Anabela Santos admite que os trabalhos necessários na antiga escola possam não ser concretizados a breve trecho. “A Câmara está sensibilizada, entendemos que não pode ser feito tudo de uma vez, vamos ver se ainda é possível neste mandato”, afirma.

LUÍS CARLOS MELO