Sara Maduro, Riccardo Renzí e Tiago Martins são os vencedores do concurso público que visa transformar a Villa Romana do Rabaçal num Complexo Arqueológico, anunciou hoje a Câmara Municipal de Penela.
“Após vários anos de recolha, estudo e análise de achados arqueológicos na Villa Romana do Rabaçal”, a autarquia entendeu “necessário” o “desenvolvimento de um Complexo Arqueológico de apoio à conservação/preservação, visita, interpretação e exposição do legado presente”, que valorizasse o “elevado interesse patrimonial e cultural do sítio, no que respeita ao período de ocupação romana na Península Ibérica”.
Com esse propósito, assessorada pelo Pelouro da Encomenda do Conselho Directivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (CDRN), a Câmara Municipal delineou “uma estratégia de actuação” que visa o “desenvolvimento de dois concursos públicos de concepção para a criação de um Complexo Arqueológico da Villa Romana do Rabaçal”. Os dois concursos complementam-se, com o objectivo de “adquirir um projecto de requalificação para a Villa Romana do Rabaçal”.
Assim, após receber e analisar as propostas apresentadas a concurso público, o júri deliberou atribuir o 1.º prémio a Sara Maduro Unip. Lda (Officexsmrs)/ Sossio de Vita/ Parisi, alegando que “o desenho favorece a leitura da peça arquitectónica proposta face à antiga, impõe-se como imagem diferenciadora na paisagem”. Por outro lado, consideram que este projecto “apresenta a paisagem como museu e o museu como um recinto que se estende na paisagem”. Para além de outras características, o júri salientou ainda a capacidade de “leveza e efemeridade expressa nos planos horizontais das coberturas dos vestígios arqueológicos, a ideia de encerramento e abertura” simultânea, bem como a capacidade do “espaço ser aberto a apropriações várias”, favorecendo a realização “de eventos ao ar livre”.
Em segundo lugar ficou a proposta de Arch. Riccardo Renzí PHD, a qual “replica o uso da proporcionalidade vitruviana”, apresentando como “ideia forte a definição de um conjunto de recintos, definidos predominantemente por muros que estruturam o território onde se implantam”, dando a perceber “uma preocupação de procura de escala no local”. O júri destaca ainda o facto deste projecto propor “a criação de uma atmosfera ancestral aparentemente sem linguagem e sem tempo”.
Já o terceiro prémio foi atribuído a Tiago Filipe Pedrosa Martins, cuja “ideia forte subjacente à proposta suporta-se na camuflagem das coberturas e na definição clara de uma estrutura para o território em questão”. Neste caso, “a proposta concretiza-se a partir de um elevado volume de construção”, que tem a “capacidade de criar uma leitura do sitio arqueológico bem ordenado”.
De referir que no total foram apresentadas a concurso 18 propostas, das quais o júri aceitou apenas 15, tendo em conta que duas delas foram recebidas após o termo do prazo fixado para o efeito e uma outra não cumpria o princípio de anonimato. Numa segunda fase e após abertura dos invólucros “Concorrente” e “Divulgação”, foi excluída a proposta inicialmente hierarquizada em 4.º lugar, uma vez que “não era constituída por uma equipa de projecto multidisciplinar, que se exigia”. Assim, das 14 propostas admitidas e após a habilitação dos concorrentes classificados até ao 3.º lugar, a Câmara Municipal de Penela decidiu aprovar o relatório final do júri e respectiva grelha final de hierarquização, que define os três vencedores.
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